O efeito sanfona

O progresso da sociedade nos últimos anos nos trouxe muitas facilidades para o nosso dia-a-dia: internet, televisão, máquina de lavar roupa, máquina de lavar louça, controle-remoto, escadas-rolantes, elevadores, alimentos congelados, serviços de entrega em casa, mas este progresso nos cobra um preço muito alto por todo este conforto: ao ficarmos mais sedentários e ingerirmos alimentos muito calóricos, acabamos tendo uma tendência muito grande para o ganho de peso. E para conter esta tendência precisamos implementar mudanças no nosso estilo de vida.

A reeducação alimentar e a atividade física são essenciais, e devem ser incorporadas no nosso dia a dia de forma permanente. Lembre-se de que isto também vale para quem não está obeso, ou seja, vale para toda a família, pois faz parte de uma vida saudável, prevenindo doenças.
Se estas mudanças no estilo de vida forem temporárias, ou seja, postas em prática somente enquanto estamos “de regime”, o preço a pagar com certeza será o famoso “EFEITO SANFONA”: você perde peso, mas depois volta a ganhar peso rapidinho, e acaba pesando cada vez mais.

E aqui vão algumas dicas para evitar que este indesejável companheiro fique no nosso caminho:

1) Evite perder muito peso em pouco tempo.

Em geral isto é conseguido com dietas de muito baixas calorias, ou com dietas muito restritas e não balanceadas. Nestes casos o efeito sanfona vem porque ninguém consegue manter por muito tempo estas dietas malucas. A falta de nutrientes na proporção adequada acaba levando à compulsão alimentar: você vai devorar tudo o que ver pela frente, e com isto vai trazer os quilinhos de volta. Portanto, a “dieta da sopa” ou “do abacaxi”, entre outras, pode fazer você perder peso rápido, mas você recupera o peso rapidinho depois. E tem mais: se você diminui muito a ingestão total diária de calorias, o organismo interpreta isto como “não tem comida no pedaço”, e se defende economizando, diminuindo o seu gasto de energia, e se você gasta menos, fica mais difícil emagrecer. Portanto, você não deve ingerir menos de 800 calorias por dia.

2) Divida as refeições, procurando alimentar-se a cada 3 horas.

Se você passa muitas horas sem se alimentar, a fome pode tornar-se incontrolável na próxima refeição, e você vai acabar ingerindo um número maior de calorias. Portanto, pular o almoço e só jantar não é um bom negócio, pois você vai chegar em casa com muita fome e comer demais. Além disto, é importante alimentar-se a cada 3 horas para que o organismo funcione melhor. Podemos comparar nosso organismo a uma máquina, uma máquina que processa os alimentos para obter energia, e como toda máquina ele tem uma capacidade máxima que deve ser respeitada. Imagine uma máquina de lavar roupa que tem capacidade para lavar 7 quilos de roupa. O que acontece se você colocar 21 quilos de roupa de uma só vez nesta máquina? Ela quebra. Mas se você fizer com que ela funcione 3 vezes, lavando 7 quilos de cada vez, ela vai funcionar direitinho. Pense nisto na próxima vez que você se pegar comendo demais. Dividir as refeições, comendo a cada 3 horas ajuda você a não engordar e é muito mais saudável.

3) Coma devagar e sem estresse.

Cultive o hábito de comer devagar, sem ansiedade, procurando saborear os alimentos. Quando a gente come, nosso organismo precisa de mais ou menos vinte minutos para enviar ao nosso cérebro a mensagem de que a gente já comeu o suficiente. Esta mensagem precisa chegar ao cérebro para que ele produza substâncias que vão gerar a sensação de saciedade. Se você come depressa, não há tempo para que esta mensagem de que já foi atingido o número de calorias necessário para “matar a fome” chegue ao cérebro, você não vai ter a sensação de saciedade, não vai ficar satisfeito mesmo já tendo comido o suficiente, e vai acabar comendo demais. Lembro-me da minha avó que dizia que o horário da refeição é sagrado; a gente não podia nem ler gibi na mesa, muito menos falar de problemas. Sábios conselhos. Se você come enquanto está ocupado com outros afazeres, ou ansioso e nervoso discutindo problemas, você acaba comendo rápido, não percebendo o quanto você comeu, e comendo muito mais. Reserve um horário para as refeições, e faça da refeição um prazer, saboreando os alimentos, sem pressa e sem ansiedade.

4) Faça uma atividade física.

Muita gente pensa que atividade física é igual a ficar malhando numa academia. Ledo engano. Qualquer atividade física é válida, mesmo aquelas do seu dia-a-dia, como subir e descer escadas, andar até a padaria, brincar de bola com os filhos ou com os netos, e tantas outras. O importante é que você escolha uma atividade física com a qual você se identifique, que lhe dê prazer, pois só assim você vai conseguir fazê-la regularmente. Quantas e quantas pessoas você conhece que começam a fazer academia e logo depois desistem? Ter prazer na atividade física é realmente a chave, a palavra mágica para que a gente não desista, pois atividade física é para sempre. A atividade física nos traz uma série enorme de benefícios. Em primeiro lugar, quando a gente faz atividade física, nosso cérebro produz substâncias chamadas endorfinas, que fazem com que a gente tenha uma sensação gostosa de bem estar, a nossa disposição melhora, nosso humor melhora. Além disso, a atividade física aumenta nossa massa muscular e aumenta nosso gasto de calorias, o que ajuda muito a evitar aquele engorda-emagrece do efeito sanfona. A atividade física também ajuda no controle da glicemia, sendo importantíssima no tratamento dos diabéticos, e ajuda a melhorar a pressão alta e o colesterol. Você sabia que fazendo 30 minutos de caminhada 5 vezes por semana você reduz em 40% a chance de ter um infarto? E então, o que você está esperando? Vamos caminhar. Boa atividade física para você.

5) Cuide do emocional, não só do físico.

Muitas vezes o efeito sanfona acontece porque as pessoas procuram compensar através da comida suas frustrações, seus problemas. Enquanto os problemas psicológicos estiverem mal resolvidos, a busca do prazer na comida vai fazer o peso voltar. Portanto é muito importante que você fique atento também para o lado psicológico e se pergunte sempre se a fome que você está sentindo é por falta de comida, de nutrientes, ou se é uma fome emocional. A resposta a esta pergunta pode significar muito em termos de que tipo de tratamento você precisa.

A propósito de tratamento da obesidade, muita gente recorre a medicamentos para emagrecer, muitas vezes sem controle médico, achando que seu uso por si só já é suficiente para perder peso, sem o “sacrifício” da dieta e do exercício. Não se engane! Seja qual for o medicamento, ele é somente um auxiliar no tratamento, e precisa ser bem indicado. Cuidado! O mesmo medicamento que faz bem a uma pessoa pode ser prejudicial para outra. Sempre consulte um profissional da saúde para obter a melhor orientação para o seu caso. Mas não se esqueça de que você precisa fazer a sua parte, seguindo uma alimentação saudável e praticando atividade física.

Emagrecimento com saúde, sem efeito sanfona, se faz de maneira progressiva e duradoura, através de mudanças permanentes no estilo de vida e harmonia entre corpo e mente. Pense nisso, e boa sorte!


Por Anete Hannud Abdo

Um comentário:

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