A proteína foi o primeiro nutriente considerado
essencial para o organismo. As proteínas são macromoléculas presentes em todas
as células dos organismos vivos. As proteínas são formadas por combinações dos
20 aminoácidos em diversas proporções e cumprem funções estruturais,
reguladoras, de defesa e de transporte nos fluídos biológicos.
Os aminoácidos se juntam para formar uma proteína
por meio de ligação peptídica que une o grupo carboxílico de um aminoácido ao
grupo amino do outro. A união de dois aminoácidos forma um dipeptídeo, três
aminoácidos, um tripeptídeo, podendo uma proteína ter 400 ou mais aminoácidos.
Os aminoácidos das proteínas se unem um ao outro em uma seqüência
predeterminada geneticamente, podendo sua estrutura ser dividida em primária e
a conformação que envolve a estrutura, secundária, terciária e quartenária.
Quanto à origem, as proteínas podem ser exógenas, provenientes das proteínas
dos alimentos ingeridos pela dieta, ou endógenas, derivadas da degradação das proteínas
celulares do próprio organismo.
As proteínas da dieta pela digestão e subsequente
absorção pelo intestino fornecem aminoácidos ao organismo que terão três
destinos principais: anabolismo, catabolismo ou degradação e produção de
energia. Por estas vias os aminoácidos servirão na construção e manutenção dos
tecidos, formação de enzimas, hormônios, anticorpos, no fornecimento de energia
e na regulação de processos metabólicos.
A digestão de proteína começa no estômago, onde
as proteínas se decompõem em proteoses, peptonas e polipeptídeos grandes, e
continua no intestino delgado pela ação das enzimas proteolíticas provenientes
do pâncreas e da mucosa intestinal. No estômago, o pepsinogênio inativo é
convertido na enzima pepsina quando ele entra em contato com o ácido
hidroclorídrico e outras moléculas de pepsina por estímulo da presença do
alimento. Esta enzima começa a quebra ou clivagem das proteínas dos alimentos,
principalmente o colágeno, a principal proteína do tecido conjuntivo.
As proenzimas pancreáticas são ativadas pela
enteroquinase do suco intestinal que transforma o tripsinogênio em tripsina por
meio de uma hidrólise. Esse processo é continuado por uma ativação em cascata
das outras proenzimas pancreáticas através da ação da tripsina. A tripsina,
quimiotripsina e carboxipolipeptidase pancreáticas decompõem a proteína intacta
e continuam a decomposição iniciada no estômago até que se formem pequenos
polipeptídeos e aminoácidos.
As peptidases proteolíticas localizadas na borda
em escova também atuam sobre os polipetídeos, transformando-os em aminoácidos,
dipeptídeos e tripeptídeos.
A fase final da digestão de proteínas ocorre na
borda em escova, onde os dipeptídeos e tripeptídeos são hidrolisados em seus
aminoácidos constituintes pelas hidrolases peptídicas. Os peptídeos e
aminoácidos absorvidos são transportados ao fígado através da veia porta. Quase
toda a proteína é absorvida no momento em que atinge o final do jejuno e apenas
1% da proteína ingerida é encontrado nas fezes.
Resumo da digestão, absorção e utilização de
proteínas.
Estrutura
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Proteína
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Boca
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Tritura os alimentos
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Estomago
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Ácido clorídrico desnatura
proteínas e a pepsina, inicia a hidrólise
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Intestino Delgado
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No lúmen intestinal, as enzimas
pancreáticas digerem a proteína ingerida (e a endógena) a dipeptídeos e
tripeptídeos; dipeptidases e tripeptidases nas bordaduras “em escova” das
células da mucosa digerem dipeptídeos e tripeptídeos até aminoácidos.
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Fígado
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Mantém o balanço dos
aminoácidos plasmáticos, sintetiza proteínas essenciais, enzimas,
lipoproteínas e albumina. Converte esqueleto carbônico do aminoácido em
glicose. è responsável pela síntese de 95% da uréia.
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Sistema circulatório
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Sangue transporta aminoácidos
absorvidos e proteínas sintetizadas
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Rim
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Sintetiza uréia em condições especiais
e a elimina pel urina
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Intestino Grosso
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Elimina material não digerido
que pode ser fermentado pela flora intestinal.
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A maior parte da proteína que entra no intestino, quer de origem dietética (exógena) quer de origem endógena, é digerida e absorvida na forma de aminoácidos. Um fator importante na absorção das proteínas dos alimentos é a sua digestibilidade, que é definida como a relação entre a proteína ou nitrogênio absorvido e proteína ou nitrogênio ingerido. Em geral, as proteínas de origem animal (carne, frango, peixe, leite, ovos…) têm digestibilidade ao redor de 90 a 95%. as proteínas dos vegetais tem digestibilidade menor de 67 a 82%.
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