Mike Mentzer nasceu a 15 de Novembro de 1951 e morreu a 10 de Junho de 2001, durante a sua vida foi um atleta profissional da IFBB, um empresário e autor bastante reconhecido no mundo do bodybuilding internacional.
A SUA CARREIRA COMO CULTURISTA PROFISSIONAL
Mike Mentzer começou a competir em campeonatos locais quando tinha apenas 18 anos de idade. O seu primeiro campeonato foi em 1969. Em 1971 sofreu a sua pior derrota, obtendo o 10º lugar no AAU Mr. America que foi ganho por Casey Viator. Mentzer depois considerou a presença de Casey Viator no campeonato importante, pois foi através dele que Mike obteve o contato do seu futuro treinador, Arthur Jones. Depois de um intervalo de vários anos, ele voltou à competição no Mr. America, obtendo o 3º lugar atrás de Robby Robinson e Roger Callar. Mentzer ganhou essa competição no ano seguinte, em 1976. Em 1977 ganhou o North America Championships em Vancouver, Columbia, e competiu uma semana mais tarde no Mr. Universe em Nimes, França onde obteve o 2º lugar mesmo atrás de Kal Szkalak.
Em 1978, Mentzer ganhou o Mr. Universe em Acapulco, México com o primeiro e até agora resultado máximo de 300 pontos, tornando-se a partir desse momento num culturista profissional. Nos finais de 1979, Mentzer ganhou a categoria de pesos pesados no Mr. Olympia, outra vez com uma pontuação máxima, mas no geral perdeu contra Frank Zane, que ganhou o título pela terceira vez. No Mr. Olympia de 1980 obteve o 4º lugar ( num empate com Boyer Coe ) atrás de Arnold Schwarzenegger, Chris Dickerson e Frank Zane. Mike reformou-se do culturismo profissional depois deste Mr. Olympia com 29 anos de idade. Até à data da sua morte Mike acredita que o concurso estava viciado a favor de Arnold Schwarzenegger, apesar de os dois se darem bem.
A SUA FILOSOFIA DE TREINO
Mike Mentzer era um objetivista – uma filosofia desenvolvida por Ayn Rand – Mike insistia que a filosofia e o bodybuilding estão no mesmo nível. Ele era um aluno excepcional na escola. Em certa altura disse “O homem, é uma entidade indivisível, uma unidade integrada de mente e corpo”. É por isso que os seus livros contém um misto de filosofia e bodybuilding. O Objetivismo defende que existe uma realidade, independente dos desejos e caprichos do homem e que a razão é o único meio do homem perceber essa realidade. A filosofia também defende um sistema mercantil à base do laissez-fraire, um mercado sem interferências onde homens e mulheres fazem trocas voluntárias, com benefício mútuo e nunca como escravos ou executores oprimidos.
Mike Mentzer
Mike Mentzer pegou nos conceitos desenvolvidos por Arthur Jones e tentou aperfeiçoá-los. Ao longo de anos de estudo, observação, conhecimento de fisiologia do stress, a informação cientifica mais atual até a data, e com o apoio das suas habilidades de raciciocínio, Mentzer então elaborou e implementou com sucesso a sua própria teoria de bodybuilding. As teorias de Mike Mentzer têm a intenção de ajudar pessoas naturais a atingir o seu potencial genético, sem o recurso a esteróides anabolizantes e no menor intervalo de tempo.
High-Intensity Training the Mike Mentzer Way foi o seu trabalho final. Nele detalhou os princípios do treino com pesos de alta intensidade. O treino com pesos, insistia ele, tinha que ser curto, infrequente, e intenso, de forma a obter os melhores resultados com o menor espaço de tempo possível. Heavy Duty II também expõem este pensamento critico. No seu livro, Mike Mentzer mostra porque é que as pessoas precisam de usar a sua habilidade de raciciocínio para ter uma vida simples e madura, mostrando aos leitores como chegar a esse ponto (este ponto será tocado novamente no final do artigo). O culturismo foi seguido como uma componente potencial da existência de um indivíduo, entre outras componentes que valiam a pena e que recomendou no seu livro.
DIETA E NUTRIÇÃO
A dieta sempre foi importante, senão mais importante que o próprio treino com pesos para bodybuilders. No entanto, no seu livro Heavy Duty Nutrition, Mentzer demonstrou que a nutrição para os atletas não precisava de ser tão extrema assim como a indústria do bodybuilding nos leva a acreditar. A suas dietas recomendadas eram na generalidade muito equilibradas, incentivando comer todos os grupos de comida ( totalizando quatro refeições cada uma de cereais e frutos de alta qualidade, e duas de lacticínios e proteínas), ao longo de todo o ano.
Os hidratos de carbono deveriam fazer o grosso da ingestão calórica, 50-60%, em vez de proteína como era preferido por outros autores. A razão por detrás disto era simples, para construir 4,5 kg de músculo num ano, um total de 6000 calorias extra deveriam ser ingeridas ao longo desse ano, porque meio quilo de músculo contém 600 calorias. Isso dá uma média de 16 calorias extra por dia, e 4 delas precisavam de vir da proteína – porque o músculo é 22% proteína, nem chega a um quarto.
O SISTEMA DE ALTA INTENSIDADE DE MIKE MENTZER
Enquanto Mike Mentzer estava prestar serviço na Força Aéria dos Estados Unidos da América, ele praticava turnos de 12 horas, e depois continuava com as suas ‘maratonas de treino’, como eram um standard aceite nessa altura. No seu primeiro campeonato onde participou, conheceu o vencedor, Casey Viator. Mentzer aprendeu que Viator seguia a filosofia de treino de alta intensidade (pesado para o maior número máximo de repetições possíveis, até à falha), em sessões muito curtas de treino, 20 a 45 minutos e nada mais. Estes treinos eram infrequentes. Mentzer também aprendeu que Viator trabalhava exclusivamente com as recentes máquinas da Nautilus, criadas e publicitadas por Arthur Jones em Deland, Florida. Mentzer e Jones em pouco tempo se encontraram, e tornaram-se grandes amigos.
Mike Mentzer
Jones literalmente foi o pioneiro dos princípios de treino de alta intensidade nos finais dos anos 60s e começos dos anos 70s. Ele dava ênfase na necessidade de manter forma estrita durante o movimento, movendo os pesos de uma forma controlada e lenta, trabalhando os músculo até à falha completa ( positiva e negativa .. ), e fugir do over-training. Casey Viator obteve resultados fantásticos ao treinar sobre a direcção de Arthur Jones, e Mentzer tornou-se bastante interessado nesta filosofia de treino. Eventualmente, Mentzer conclui que Arthur Jones não estava a aplicar os seus próprios principio, desde esse momento que começou a investigar uma aplicação mais completa. Para isso começou a treinar clientes seus de forma experimental, avaliando de forma perfeita o número de repetições, exercícios, e dias de descanso para alcançar os melhores resultados.
Durante mais de dez anos, o programa de treino HIT (Treino de Alta Intensidade – High Intensity Training) involveu 7-9 sets por treino com base em três dias de treino por semana apenas. Com o advento do bodybuilding moderno onde os culturista se tornaram mais massivos ainda, até aos anos 90s, ele alterou essa rotina até que houvesse menos sets por sessão de treino e mais dias de descanso.
De acordo com Mike Mentzer, os biologistas e fisiologiastas deste o século dezanove sabiam que a hipertrofia está directamente relacionada com a intensidade, não a duração. A maior parte das autoridades no mundo do bodybuilding não têm em conta o severo stress causado no corpo que os pesos fazem, estamos a falar de exercícios de resistência fatigantes levados até ao ponto de falha muscular.
Os cursos de Mike Mentzer na forma de livros e cassetes de áudio, eram vendidos na altura através das revista de musculação, tinham uma popularidade enorme depois da vitória de Mentzer no Mr. Universe de 1978. Esse campeonato criou muito alarido pois foi o primeiro campeonato onde o resultado perfeito de 300 pontos foi atribuído, a Mike Mentzer. Algum tempo mais tarde, Mentzer atraiu mais atenção quando introduziu Dorian Yates ao treino de alta intensidade, colocando-o no seu programa nos primeiros anos da década de 90. Dorian Yates começou a dominar o Mr. Olympia, desde 1992 a 1997.
A CONTROVÉRSIA EM TORNO DA SUA MORTE
Depois da sua derrota no Mr. Olympia de 1980, Mike Mentzer enfrentou vários problemas pessoais. No final dos anos 70s foi reportado que andava a usar anfetaminas, confessou depois que apenas as tomava como uma ajuda para facilitar o seu estilo de vida exigente e rápido. Mentzer deixou a Weider Publications pouco tempo depois da sua derrota no Mr. Olympia, ficando financeiramente debilitado como resultado. Em 1985 conseguio arranjar emprego como editor de uma nova revista dedicado ao treino, chamada Workout Magazine, no entanto quando isso falhou em conjunção com a morte do seu pai nesse mesmo ano, Mentzer reportou alguns esgotamentos. De acordo com Peter McGough, editor chefe da FLEX Magazine, inúmeras histórias começaram a aparecer onde Mentzer apresentava um comportamento estranho. Histórias dele a correr nu nas ruas da cidade e a dirigir o tráfego, a falar sobre profecias do fim do mundo e a chegada de extraterrestres foram publicadas em várias revistas nessa altura. Dan Duchaine, um popular escritor na altura sugeriu até que numa determinada altura Mike Mentzer bebeu a sua própria urina. Mike negou esta insinuação numa entrevista dada para a IronMan Magazine em 2001. Mesmo assim, de acordo com McGough algumas destas histórias são verdade. Mentzer também foi regularmente institucionalizado entre 1985 e 1990, pouco tempo antes de largar definitivamente o seu vício pelas anfetaminas. Livre de drogas, Mike Mentzer voltou ao treino e a escrever para a IronMan Magazine, e passou grande parte dos anos 90s a reconquistar o seu estatuto na indústria do bodybuilding.
Mike Mentzer acabou por morrer a 10 de Junho de 2001, por motivos desconhecidos. Ele e a sua família tinham um historial de problemas no o coração.
HISTÓRIAL COMPETITIVO
1971 Mr. America – AAU, 10th
1971 Teen Mr America – AAU, 2nd
1975 Mr. America – IFBB, Medium, 3rd
1975 Mr. USA – ABBA, Medium, 2nd
1976 Mr. America – IFBB, Overall Winner
1976 Mr. America – IFBB, Medium, 1st
1976 Mr. Universe – IFBB, MiddleWeight, 2nd
1977 North American Championships – IFBB, Overall Winner
1977 North American Championships – IFBB, MiddleWeight, 1st
1977 Mr. Universe – IFBB, HeavyWeight, 2nd
1978 USA vs the World – IFBB, HeavyWeight, 1st
1978 World Amateur Championships – IFBB, HeavyWeight, 1st
1979 Canada Pro Cup – IFBB, 2nd
1979 Florida Pro Invitational – IFBB, 1st
1979 Night of Champions – IFBB, 3rd
1979 Mr. Olympia – IFBB, HeavyWeight (over 200 pounds) 1st, Overall 2nd
1979 Pittsburgh Pro Invitational – IFBB, 2nd
1979 Southern Pro Cup – IFBB, 1st
1980 Mr. Olympia – IFBB, 5th
Arnold Schwarzenegge
Schwarzenegger nasceu em Thal, Áustria, uma pequena vila próxima à capital da Estíria, Graz, e foi batizado Arnold Alois Schwarzenegger. Seus pais eram: o chefe da polícia local Gustav Schwarzenegger (1907 – 1972), e sua esposa, Aurelia Jadrny (1922 – 1998). Casaram-se em 20 de outubro de 1945 – Gustav tinha 38 anos, e Aurelia tinha 23; era viúva com um filho chamado Meinhard. De acordo com Schwarzenegger, ambos os pais eram muito rigorosos: "Naquela época, na Áustria, havia um mundo muito diferente, se fizéssemos alguma coisa ruim ou desobedecêssemos os pais, a punição não seria poupada." Ele cresceu em uma família Católica Romana, e ia à Igreja todo domingo.
Gustav tinha uma preferência por Meinhard, o mais velho dos dois filhos. Seu favoritismo era "forte e flagrante", o que resultou em uma suspeita de que Arnold não era seu filho. Schwarzenegger disse que seu pai "não tinha paciência para ouvir ou entender seus problemas... havia uma parede; uma parede de verdade." Arnold tinha uma boa relação com sua mãe, e manteve contato com ela até sua morte. Na vida adulta, Schwarzenegger encomendou ao Simon Wiesenthal Center uma pesquisa sobre os tempos de guerra de seu pai, os quais vieram sem nenhuma evidência de atrocidade, apesar da adesão de Gustav ao Partido Nazista e ao SA. Na escola, Schwarzenegger era aparentemente normal e ficou conhecido como um personagem "alegre, bem-humorado e exuberante". Dinheiro era um problema na família; Arnold lembrou que um de seus auges na juventude foi quando a família comprou uma geladeira.
Quando menino, Schwarzenegger praticou muitos esportes - fortemente influenciado por seu pai. Ele pegou na barra pela primeira vez em 1960, quando seu treinador de futebol levou seu time para uma academia local. Aos catorze anos, Schwarzenegger optou por uma carreira fisiculturista, ao invés da futebolística. Arnold respondeu a uma questão que perguntava se aos treze anos ele começara a musculação: "Na verdade, eu comecei a praticar musculação quando eu tinha quinze anos, porém eu já havia jogado esportes, como futebol durante anos, então, senti que, embora fosse delgado, eu era bem-desenvolvido, pelo menos suficiente para poder iniciar a ida à academia e começar a fazer levantamento de peso olímpico." No entanto, a biografia de seu website oficial diz: "Aos catorze anos, ele começou o intensivo programa de treinamento com Dan Farmer, estudou psicologia aos quinze (para aprender mais sobre o poder da mente sobre o corpo) e aos dezessete, oficialmente, iniciou a carreira competitiva." Durante um discurso em 2001, ele disse: "Meu próprio plano de vida foi formado quano eu tinha 14 anos. Meu pai queria que eu fosse um oficial da polícia assim como ele era. Minha mãe queria que eu fosse à escola de negócios." Schwarzenegger visitou uma academia de ginástica em Graz, onde ele também frequentava os cinemas locais para ver seus ídolos do fisiculturismo, como Reg Park, Steve Reeves e Johnny Weissmuller na grande tela. "Fui inspirado em indivíduos como Reg Park e Steve Reeves.", disse. Quando Reeves faleceu, em 2000, Schwarzenegger lembrou-se dele ternamente: "Quando adolescente, eu cresci com Steve Reeves.
Suas realizações notáveis permitia-me a sensação de que era possível, quando os outros a minha volta nunca entendiam meus sonhos... Steve Reeves foi uma parte de tudo que eu já tive a sorte de conseguir." Em 1961, Schwarzenegger conheceu o ex-Mister Áustria Kurt Marnul, quem convidou-o a treinar na academia, em Graz. Arnold era tão dedicado que ficou conhecido como o jovem que entrava no ginásio local nos fins de semana, quando a academia geralmente estava fechada. "Me faria doente faltar um treino... Eu sabia que não podia me olhar no espelho na manhã seguinte se eu não tivesse treinado." Quando perguntaram a Schwarzenegger sobre sua primeira experiência cinematográfica como criança, ele respondeu: "Eu era muito jovem, mas eu lembro de meu pai levando-me aos teatros austríacos e vendo alguns noticiários. O primeiro filme de verdade que eu vi, que eu lembre, foi um filme de John Wayne."
Em 1971, seu irmão Meinhard morreu em um acidente de carro. Ele havia bebido e morreu instantaneamente; Schwarzenegger não compareceu ao seu funeral. Meinhard foi casado com Erika Knapp, e o casal teve um filho de três anos chamado Patrick. Schwarzenegger teria pago pela educação de Patrick e ajudou-o a imigrar para os EUA. Gustav faleceu no ano seguinte, após um AVC. No documentário Pumping Iron, Schwarzenegger alegou que ele não pode comparecer ao funeral de seu pai porque estava treinando para o torneio de fisiculturismo. Mais tarde, ele e o produtor do filme disseram que a estória do documentário foi retirada de um outro fisiculturista com o propósito de mostrar os extremos que alguns vão pelo seu esporte, e para fazer a imagem de Schwarzenegger mais fria e semelhante a uma máquina a fim de abanar controvérsias para o filme. Barbara Baker, sua primeira namorada, disse que ele informou-a sobre a morte de seu pai sem emoção e que ele nunca falou sobre seu irmão. Com o tempo, ele deu, pelo menos, três versões para o porquê de ele não ter comparecido ao funeral de seu pai.
Em uma entrevista para a revista Fortune em 2004, Schwarzenegger contou como sofreu o que hoje em dia seria chamado de "abuso infantil" nas mãos de seu pai:
"Meu cabelo foi puxado. Eu fui batido com cintos. Então eu era aquela criança. Foi do jeito que era. Muitas das crianças que eu já vi foram batidas pelos seus pais, o que era a mentalidade Austro-Germênica. Eles não queriam criar um indivíduo. Era tudo sobre conformes. Eu era um que não me conformava, e cuja vontade não podia ser quebrada. Portanto, eu me tornei rebelde. Toda vez que eu fui batido, e toda vez que alguém dizia 'você não pode fazer isto', eu dizia 'isto não vai ocorrer por muito tempo, porque eu vou sair daqui. Eu quero ser rico. Eu quero ser alguém.' "
— Arnold Schwarzenegger
Início da Vida Adulta
Schwarzenegger serviu ao exército Austríaco em 1965 para atender a um ano de serviço requerido quando todos os homens austríacos atingem 18 anos (a chamada conscrição). Venceu o torneio Mr. Europa Júnior em 1965. Schwarzenegger desertou durante o treinamento básico para que pudesse participar da competição; consequentemente passou uma semana em uma prisão do exército: "Participar da competição significava tanto para mim que eu não pensei cuidadosamente nas consequências." Ele venceu outro torneio de fisiculturismo em Graz, no Steirer Hof Hotel (onde ele ficou em segundo lugar). Arnold foi eleito o melhor fisiculturista da Europa, o que o fez famoso.
"O título de Mr. Universo foi a minha passagem para a América – a terra de oportunidades, onde eu poderia tornar-me uma estrela e ficar rico." Schwarzenegger fez sua primeira viagem a avião em 1966, participando da competição NABBA Mr. Universo em Londres. Ficou em segundo lugar na competição de Mr. Universo, não tendo a definição muscular do campeão estadunidense Chester Yorton.
Charles "Wag" Bennett, um dos juízes da competição de 1966, ficou impressionado com Schwarzenegger e ofereceu-se para treiná-lo. Como Arnold tinha pouco dinheiro, Bennett convidou-o a ficar na lotada casa de sua família, acima de uma de suas academias na área residencial de Forest Gate, Londres, Inglaterra. A definição da perna de Yorton foi julgada superior, e Schwarzenegger, sob um programa de treinamento planejado por Bennett, concentrou-se no melhoramento do poder e definição musculares em suas pernas. Residir no East End de Londres ajudou o fisiculturista a melhorar a sua compreensão rudimentar da língua inglesa. O treinamento valeu a pena e, em 1967, Arnold ganhou o título pela primeira vez, tornando-se o mais novo Mr. Universo de todos os tempos, aos apenas 20 anos. Ele ainda ganharia o título mais três vezes. Schwarzenegger, em seguida, voou de volta para Munique, treinando de quatro a seis horas diariamente, frequentando a escola de negócios e trabalhando em um clube de saúde (academia Rolf Putzinger, onde ele trabalhou e treinou de 1966 a 1968), retornando em 1968 a Londres para vencer seu próximo título Mr. Universo. Arnold frequentemente contava a Roger C. Field, um amigo, professor de inglês em Munique da época, que estava "indo para tornar-se o melhor ator!"
Ida para os EUA
Schwarzenegger mudou-se para os EUA em setembro de 1968 aos 21 anos, falando um pouco de inglês. "Naturamente, quando eu vim para este país, meu sotaque era muito ruim, e meu sotaque era também muito forte, o que era um obstáculo quando comecei a carreira de ator." Lá, ele treinou no Gold's Gym em Santa Mônica, Califórnia, sob o treinamento de Joe Weider. De 1970 a 1974, um dos treinadores de musculação de Schwarzenegger foi Ric Drasin, um wrestling profissional que desenhou o logotipo original do Gold's Gym em 1973. Arnold também se tornou amigo do wrestling profissional "Superstar" Billy Graham. Em 1970, aos 23 anos, ele conseguiu seu primeiro título de Mr. Olympia em Nova Iorque, e ainda ganharia o título mais seis vezes.
Schwarzenegger pode ter sido um imigrante ilegal em algum ponto dos anos 1960 ou início dos anos 1970 devido a violações dos termos de seu visto de entrada.
Em 1969, Arnold conheceu Barbara Outland Baker, uma professora de inglês; ele morou junto com ela até 1974. Schwarzenegger falou sobre Barbara em sua biografia em 1977: "Basicamente baixo o nível a isto: ela era uma mulher bem-equilibrada que queria uma vida ordinária e sólida e eu não era um homem bem-equilibrado, e odiava a ideia da vida ordinária." Baker descreveu Schwarzenegger como "[uma] personalidade alegre, totalmente carismática, aventureira, e atlética", entretando, alega que no fim do relacionamento ele tornou-se "insuportável – classicamente vaidoso – o mundo girava em torno dele". Baker publicou sua autobiografia em 2006, intitulada "Arnold and Me: In the Shadow of the Austrian Oak". Apesar de Baker, às vezes, retratar seu ex-amor de um jeito que não faz jus a ele, Schwarzenegger, na verdade, contribuiu para o seu livro com um prefácio, e também se encontrou com Baker por três horas. Baker afirma, por exemplo, que ela apenas soube do ser infiel de Arnold após a separação, e falou sobre uma vida de amor apaixonada e turbulenta. Schwarzenegger deixou claro que suas respectivas compreensões dos eventos podem diferir. O casal primeiramente encontrou-se de seis a oito meses após sua chegada aos Estados Unidos – seu primeiro encontro foi assitindo a chegada do homem à lua na televisão. Eles diviriam um apartamento em Santa Mônica por três anos e meio, e tendo um pouco de dinheiro, teriam visitado a praia todos os dias, e/ou ter tido churrasco no quintal. Embora Baker afirme que quando ela o conheceu pela primeira vez, ele tinha "pouca compreensão da sociedade educada", ela disse: "Ele é tanto um homem por esforço próprio quanto é possivel ser – nunca teve o incentivo de seus pais, sua família, seu irmão. Apenas teve esta grande determinação para provar a si mesmo, e isto era muito atraente... vou para o meu túmulo sabendo que Arnold me amou."
Schwarzenegger conheceu seu próximo amor, Sue Moray, uma ajudante de cabelereiro de Beverly Hills, na Praia de Venice em julho de 1977. De acordo com Moray, o casal teve um relacionamento aberto: "Fomos fiéis quando estávamos em Los Angeles... mas quando ele estava fora da cidade, estávamos livres para fazer o que queríamos." Arnold conheceu Maria Shriver no Torneio de Tênis Robert F. Kennedy em agosto de 1977; Arnold começou a ter um relacionamento com ambas as mulheres até agosto de 1978, quando Moray (que soube de seu relacionamento com Shriver) emitiu um ultimato.
Arnold disse que seu grande sonho, quando tinha 10 anos de idade, era mudar-se para os Estados Unidos. Ele se perguntou o que estava fazendo "na fazenda" na Áustria, e creu que o fisiculturismo seria sua "passagem para a América": "Eu tinha a certeza de que poderia ir para a América se vencesse o Mr. Universo." O jornal LA Weekly disse, em 2002, que Schwarzenegger é o imigrante mais famoso na América, que "superou um forte sotaque austríaco e transcedeu o fundo inauspicioso do fisiculturismo para tornar-se a maior estrela de cinema do mundo nos anos 1990".
Carreira no Fisiculturismo
Schwarzenegger é considerado uma das figuras mais importantes da história do fisiculturismo, e seu legado é comemorado no concurso anual Arnold Classic. Arnold continuou a ser um rosto importante no fisiculturismo mesmo após sua aposentadoria, em parte devido a sua popularidade em academias e revistas de fitness. Já presidiu inúmeros concursos e premiações.
Por muitos anos, escreveu uma coluna mensal para as revistas de fisiculturismo Muscle & Fitness e Flex. Pouco após ser eleito governador, foi nomeado editor executivo de ambas revistas, a título simbólico. As revistas concordaram a doar US$ 250.000 por ano às várias iniciativas de fitness do governador. A revista MuscleMag International tem um artigo de duas páginas mensal sobre ele, e se refere a Arnold como "The King" (em português, "O Rei").
Uma das primeiras competições que ele ganhou foi o torneio Mr. Europa Junior em 1965. Schwarzenegger venceu o Mr. Europa no ano seguinte, aos 19 anos. Ele passaria a vencer muitas outras competições de fisicultusimo (bem como algumas competições de levantamento de peso básico) incluindo cinco vitórias no Mr. Universo [4 pela NABBA (na Inglaterra), 1 pela IFBB (Estados Unidos)], e sete vitórias no Mr. Olympia, um recorde que vigorou até Lee Haney vencer oito títulos Mr. Olympia consecutivos em 1991.
Schwarzenegger media 187 cm (6 ft 1,5 in) e pesava 113 kg (240 libras).
Em 1967, Arnold competiu e venceu o torneio de levantamento de pedra em Munique, na qual uma pedra pesava 508 libras alemãs (254 kg/560 lbs). Schwarzenegger disse: "Durante o pico de minha carreira, minhas panturrilhas eram de 20 polegadas [50 cm], coxas de 28,5 polegadas [72 cm], cintura de 34 polegadas [86 cm], peito de 57 polegadas [144 cm], e cada braço de 22 polegadas [55 cm]."
Mr. Olympia
O objetivo de Schwarzenegger era tornar-se o maior fisiculturista do mundo, o que significava vencer o Mr. Olympia. Sua primeira tentativa foi em 1969, quando ele perdeu para o tri-campeão Sergio Oliva. No entanto, voltou em 1970 e venceu a competição, fazendo-o o mais novo Mr. Olympia de sempre, aos 23 anos, um recorde que vigora até hoje em dia.
Arnold continou sua série de vitórias nas competições de 1971 a 1974. Em 1975, Schwarzenegger retornou, em grande forma, e venceu o título no sexto ano consecutivo, quebrando o recorde anterior de Franco Columbu. Após o torneio Mr. Olympia de 1975, anunciou sua retirada do fisicultusimo profissional.
Meses antes do torneio Mr. Olympia de 1975, os cineastas George Butler e Robert Fiore persuadiram Schwarzenegger a competir, com o intuito de filmar seu treinamento para um documentário de fisiculturismo chamado Pumping Iron. Schwarzenegger teve apenas três meses para preparar-se para a competição, após ter perdido um peso significativo para aparecer no filme Stay Hungry com Jeff Bridges.
Arnold saiu de sua aposentadoria, no entanto, para competir o Mr. Olympia de 1980. Estava treinando para seu papel em Conan the Barbarian, e ficou em boa forma por causa da corrida, passeios a cavalo e treinamento com espada, que resolveu que queria vencer o torneio Mr. Olympia pela última vez. Ele manteve este plano em segredo, no caso de que um acidente de treino impedisse sua entrada e levasse-o a perder a fama. Schwarzenegger, pouco antes da competição, teria dito: "Por que não competir?" Ele acabou vencendo o evento com apenas sete semanas de preparação. Após ter sido declarado Mr. Olympia pela sétima vez, Schwarzenegger oficialmente se aposentou da carreira.
O uso de Esteróides
Schwarzenegger admitiu ter usado estroides anabolizantes para melhorar seu desempenho, enquanto eles eram legais, escrevendo em 1967 que "esteroides foram úteis para manter o tamanho do músculo enquanto eu estava em uma dieta estrita para a preparação para o torneio. Eu não os usei para o crescimento muscular, mas sim para a manutenção muscular quando desmanchava." Ele chamou as drogas de "construção têxtil".
Em 1999, Arnold processou Dr. Willi Heepe, um médico alemão que, publicamente, previu a morte prematura do fisiculturista, baseado no uso de esteroides e os posteriores problemas cardíacos. Pelo motivo de o médico nunca o ter examinado pessoalmente, Schwarzenegger ganhou DM 20.000 (US$ 12.000) no julgamento por difamação contra ele em um tribunal alemão. Ainda em 1999, Arnold processou o The Globe, um tabloide norte-americano, o qual fez predições similares sobre a saúde do fisiculturista. Schwarzenegger nasceu com uma valva aórtica bicúspide, uma válvula aórtica com apenas duas cúspides (uma valva aórtica comumente tem três cúspides); ambos pai e irmão tiveram a mesma condição. Em 1996, um ano após a cirurgia cardiovascular de Schwarzenegger para substituir a valva aórtica com uma valva homoenxerta humana, ele defendeu publicamente seu uso de esteroides anabolizantes durante a carreira fisiculturista.
Carreira Artística
Schwarzenegger queria mudar-se do fisiculturismo para a atuação, finalmente o conseguindo quando foi escolhido para atuar o papel de Hércules no filme Hercules in New York, 1970. Conhecido sob o nome "Arnold Strong", seu sotaque no filme foi tão carregado que sua voz foi dublada após a produção. Sua segunda aparição cinematográfica foi um sicário surdo-mudo da máfia em The Long Goodbye (1973), do diretor Robert Altman, sendo seguido por uma parte muito mais significante no filme Stay Hungry (1976), pelo qual Arnold foi premiado com um Globo de Ouro na categoria Nova Estrela Masculina do Ano. Schwarzenegger discutiu suas primeiras lutas no desenvolvimento de sua carreira artística: "Foi muito difícil para mim no começo – foi-me dito por agentes que meu corpo era 'muito estranho', que eu tinha um sotaque engraçado, e que meu nome era muito longo. Eles disseram que eu tinha que mudar isto. Basicamente, todo lugar que eu virava, era-me dito que eu não tinha chance."
Schwarzenegger chamou atenção e aumentou seu perfil no documentário de fisiculturismo Pumping Iron (1977), cujos elementos foram dramatizados. Em 1991, Arnold adquiriu os direitos do filme e associou também suas fotografias. Schwarzenegger tentou o papel principal da série The Incredible Hulk, entretanto não conseguiu o papel devido à sua altura. Mais tarde, Lou Ferrigno conseguiu o papel do alterego do Dr. David Banner. Arnold apareceu com Kirk Douglas e Ann-Margret na comédia The Villain, em 1979. Em 1980 ele estrelou um filme biográfico dedicado à atriz dos anos 1950 Jayne Mansfield como o marido de Mansfield, Mickey Hargitay.
O filme que descobriu Schwarzenegger foi o épico de Espada & Feitiçaria, Conan the Barbarian em 1982, que foi um sucesso de bilheteria. Foi seguido por uma sequência, Conan the Destroyer em 1984, embora sua performance de bilheteria fosse decepcionante. Em 1983, Schwarzenegger estrelou no vídeo promocional "Carnival in Rio".
Em 1984, ele fez a primeira das três aparições como o personagem principal do que alguns diriam que foi o papel mais notável de toda sua carreira artística no filme thriller de ficção científica do diretor James Cameron, The Terminator. Após o The Terminator, Schwarzenegger fez Red Sonja em 1985, que "afundou sem deixar vestígios."
Durante os anos 1980, a audiência teve um largo apetite por filmes de ação, com ambos Schwarzenegger e Sylvester Stallone tornando-se estrelas internacionais. Os papéis de Arnold refletiram seu gracejo, frequentemente com um senso de humor auto-depreciativo (incluindo, algumas vezes, paronomásias maliciosas famosas), separando seus papéis dos de herói de ação sério. Seu universo thriller/comédia alternativo Last Action Hero expôs um poster do filme Terminator 2: Judgment Day o que, no universo alternativo fictício, tinha Sylvester Stallone como a estrela principal.
Após sua vinda como uma superestrela de Hollywood, ele fez uma série de filmes de sucesso: Commando (1985), Raw Deal (1986), The Running Man (1987), e Red Heat (1988). Em Predator (1987), um outro filme de sucesso, Schwarzenegger participou de um elenco que incluía o futuro governador de Minnesota Jesse Ventura (Ventura também apareceu em The Running Man e Batman & Robin com Schwarzenegger) e o futuro candidato a governador de Kentucky Sonny Landham.
Twins (1988), uma comédia com Danny DeVito, foi uma mudança de ritmo, e também se mostrou um sucesso. Total Recall (1990) rendeu a Schwarzenegger US$ 10 milhões e 15% da renda bruta, e foi largamente elogiado. Kindergarten Cop (1990) reuniu ele ao diretor Ivan Reitman, quem dirigiu-o em Twins.
Schwarzenegger teve uma breve participação na carreira de diretor cinematográfico; primeiro com um episódio da série de TV Tales from the Crypt, intitulado "The Switch" em 1990, e segundo com o telefime de 1992 Christmas in Connecticut. Ele não mais dirigiu filmes deste então.
A volta de Schwarzenegger na indústria cinematográfica de alto nível foi com o personagem principal em Terminator 2: Judgment Day em 1991, sendo o filme de maior bilheteria de 1991. Em 1993, a National Association of Theatre Owners nomeou-o como "Estrela Internacional da Década." Seu próximo projeto cinematográfico, o filme de ação e paródia Last Action Hero em 1993 foi feito em oposição a Jurassic Park, com o desastre de bilheteria em conformidade. Seu próximo filme, a comédia de ação True Lies (1994) uma paródia altamente popular de filmes de espionagem, visou Schwarzenegger,reunido com o diretor de The Terminator James Cameron, aparecendo ao lado de Jamie Lee Curtis.
Pouco tempo depois, veio a comédia Junior (1994), a última das suas três com Ivan Reitman e novamente co-estrelando com Danny DeVito. Este filme trouxe a Schwarzenegger sua segunda nomeação ao Golden Globe, desta vez para o Melhor Ator em Comédia ou Musical. Foi seguido pelo thriller de ação Eraser (1996) e o filme baseado nas histórias em quadrinhos Batman & Robin (1997), onde ele atuou como o vilão Mr. Freeze. Este foi seu útlimo filme antes antes de tirar um tempo para se recuperar de uma lesão nas costas. Após a falha crítica de Batman & Robin, a carreira cinematográfica e proeminência de bilheteria de Schwarzenegger entraram em declínio.
Vários projetos de cinema foram anunciados com Schwarzenegger, acompanhado de outras estrelas, incluindo o remake de Planet of the Apes, uma nova versão cinematográfica de I Am Legend, e um filme da Segunda Guerra Mundial roteirzado por Quentin Tarantino que veria Schwarzenegger atuar como um austríaco pela terceira vez (após Junior e Kindergarten Cop). Em vez disso, ele retornou com o thriller supernatural End of Days (1999), depois seguido pelos filmes de ação The 6th Day (2000) e Collateral Damage (2002) os quais não conseguiram se dar bem nas bilheterias. Em 2003, ele fez sua terceira aparição como o personagem principal em Terminator 3: Rise of the Machines, que faturou mais de US$ 150 milhões apenas no mercado interno.
Em homenagem a Schwarzenegger, em 2002, Forum Stadtpark, uma associação local cultural, propôs planos para construir uma estátua do Terminator de 25 metros (82 pés) em um parque no centro de Graz. Arnold teria dito estar lisonjeado, mas pensou que o dinheiro seria melhor gasto em projetos sociais e a Special Olympics. Suas aparições cinematográficas mais recentes incluiram uma aparição de 3 segundos em The Rundown com Dwayne Johnson, e o remake de 2004 Around the World in 80 Days, onde ele apareceu com o astro de ação Jackie Chan pela primeira vez.
Schwarzenegger dublou Barão von Steuben no episódio 24 ("Valley Forge") de Liberty's Kids. Em 2005, fez uma pequena ponta, interpretando a si mesmo, no filme The Kid & I. Boatos se espalharam sobre Schwarzenegger aparecer em Terminator Salvation como o modelo original T-800, ao lado de Roland Kickinger. Arnold negou seu envolvimento. Porém, ao lançar o filme, foi visto que, apesar de aparecer brevemente, ele não participou do filme, mas sim seu rosto foi digitalizado, a partir de um filme anterior, no corpo de Kickinger.
Carreira no Fisiculturismo
Schwarzenegger foi registrado como republicano por muitos anos. Como ator, suas visões políticas foram sempre muito bem conhecidas como contrastavam com as visões de muitas outras estrelas proeminentes de Hollywood, que são, geralmente, consideradas uma comunidade liberal e inclinada aos democratas. Na Convenção Nacional Republicana de 2004, Schwarzenegger deu um discurso e explicou porque ele era republicano:
Finalmente cheguei aqui em 1968. Que dia especial era! Lembro-me eu cheguei aqui com os bolsos vazios, mas cheio de sonhos, cheio de determinação, cheio de desejos. A campanha presidencial estava em pleno andamento. Lembro-me assistindo a corrida presidencial Nixon-Humphrey na TV. Um amigo meu que falava alemão e inglês traduzia para mim. Eu ouvi Humphrey dizendo coisas que pareciam socialismo, algo que eu tinha acabado de sair.
Mas então eu ouvi Nixon falar. Ele estava falando sobre empresa livre, tirar o governo de suas costas, baixar os impostos e fortalecer as forças armadas. Ouvi Nixon falar soando mais como uma lufada de ar fresco. Eu disse para o meu amigo: "De que partido ele é?" Meu amigo disse: "Ele é Republicano." Eu disse: "Então eu sou Republicano." E eu tive sido um Republicano desde então.
Em 1985, Schwarzenegger apareceu em Stop the Madness, um vídeo musical anti-drogas patrocinado pela administração de Ronald Reagan. Ele noticiou a um grande público, pela primeira vez, que era republicano durante a eleição presidencial de 1988, acompanhando o então vice-presidente George H.W. Bush na campanha.
A primeira nomeação política de Schwarzenegger foi a presidente do Conselho de Saúde Física e Desportos Presidencial, no qual serviu de 1990 a 1993. Ele foi nomeado por George H. W. Bush, quem o apelidou de "Conan o Republicano". Mais tarde, serviu como Presidente para o Conselho de Saúde Física e Desportos Governamental da Califórnia sob o governo de Pete Wilson. No entanto, analistas políticos têm identificado Schwarzenegger como liberal, como tornou-se mais de esquerda desde sua eleição.
Entre 1993 e 1994, Schwarzenegger foi um embaixador da Cruz Vermelha (um papel sobretudo cerimonial, preenchido por celebridades). Em uma entrevista à revista Talk no final de 1999, perguntaram-no se ele já pensou em concorrer para o cargo de governador. Ele respondeu: "Penso sobre isso muitas vezes. A possibilidade existe, porque eu sinto isso dentro de mim." O The Hollywood Reporter afirmou pouco depois que Schwarzenegger pôs termo à especulação que ele poderia concorrer a governador da Califórnia. Seguindo seus comentário iniciais, Arnold disse: "Estou em um show business – Estou no meio de minha carreira. Por que eu iria pra frente com isso e saltaria em outra coisa?"
Gustav tinha uma preferência por Meinhard, o mais velho dos dois filhos. Seu favoritismo era "forte e flagrante", o que resultou em uma suspeita de que Arnold não era seu filho. Schwarzenegger disse que seu pai "não tinha paciência para ouvir ou entender seus problemas... havia uma parede; uma parede de verdade." Arnold tinha uma boa relação com sua mãe, e manteve contato com ela até sua morte. Na vida adulta, Schwarzenegger encomendou ao Simon Wiesenthal Center uma pesquisa sobre os tempos de guerra de seu pai, os quais vieram sem nenhuma evidência de atrocidade, apesar da adesão de Gustav ao Partido Nazista e ao SA. Na escola, Schwarzenegger era aparentemente normal e ficou conhecido como um personagem "alegre, bem-humorado e exuberante". Dinheiro era um problema na família; Arnold lembrou que um de seus auges na juventude foi quando a família comprou uma geladeira.
Quando menino, Schwarzenegger praticou muitos esportes - fortemente influenciado por seu pai. Ele pegou na barra pela primeira vez em 1960, quando seu treinador de futebol levou seu time para uma academia local. Aos catorze anos, Schwarzenegger optou por uma carreira fisiculturista, ao invés da futebolística. Arnold respondeu a uma questão que perguntava se aos treze anos ele começara a musculação: "Na verdade, eu comecei a praticar musculação quando eu tinha quinze anos, porém eu já havia jogado esportes, como futebol durante anos, então, senti que, embora fosse delgado, eu era bem-desenvolvido, pelo menos suficiente para poder iniciar a ida à academia e começar a fazer levantamento de peso olímpico." No entanto, a biografia de seu website oficial diz: "Aos catorze anos, ele começou o intensivo programa de treinamento com Dan Farmer, estudou psicologia aos quinze (para aprender mais sobre o poder da mente sobre o corpo) e aos dezessete, oficialmente, iniciou a carreira competitiva." Durante um discurso em 2001, ele disse: "Meu próprio plano de vida foi formado quano eu tinha 14 anos. Meu pai queria que eu fosse um oficial da polícia assim como ele era. Minha mãe queria que eu fosse à escola de negócios." Schwarzenegger visitou uma academia de ginástica em Graz, onde ele também frequentava os cinemas locais para ver seus ídolos do fisiculturismo, como Reg Park, Steve Reeves e Johnny Weissmuller na grande tela. "Fui inspirado em indivíduos como Reg Park e Steve Reeves.", disse. Quando Reeves faleceu, em 2000, Schwarzenegger lembrou-se dele ternamente: "Quando adolescente, eu cresci com Steve Reeves.
Suas realizações notáveis permitia-me a sensação de que era possível, quando os outros a minha volta nunca entendiam meus sonhos... Steve Reeves foi uma parte de tudo que eu já tive a sorte de conseguir." Em 1961, Schwarzenegger conheceu o ex-Mister Áustria Kurt Marnul, quem convidou-o a treinar na academia, em Graz. Arnold era tão dedicado que ficou conhecido como o jovem que entrava no ginásio local nos fins de semana, quando a academia geralmente estava fechada. "Me faria doente faltar um treino... Eu sabia que não podia me olhar no espelho na manhã seguinte se eu não tivesse treinado." Quando perguntaram a Schwarzenegger sobre sua primeira experiência cinematográfica como criança, ele respondeu: "Eu era muito jovem, mas eu lembro de meu pai levando-me aos teatros austríacos e vendo alguns noticiários. O primeiro filme de verdade que eu vi, que eu lembre, foi um filme de John Wayne."
Em 1971, seu irmão Meinhard morreu em um acidente de carro. Ele havia bebido e morreu instantaneamente; Schwarzenegger não compareceu ao seu funeral. Meinhard foi casado com Erika Knapp, e o casal teve um filho de três anos chamado Patrick. Schwarzenegger teria pago pela educação de Patrick e ajudou-o a imigrar para os EUA. Gustav faleceu no ano seguinte, após um AVC. No documentário Pumping Iron, Schwarzenegger alegou que ele não pode comparecer ao funeral de seu pai porque estava treinando para o torneio de fisiculturismo. Mais tarde, ele e o produtor do filme disseram que a estória do documentário foi retirada de um outro fisiculturista com o propósito de mostrar os extremos que alguns vão pelo seu esporte, e para fazer a imagem de Schwarzenegger mais fria e semelhante a uma máquina a fim de abanar controvérsias para o filme. Barbara Baker, sua primeira namorada, disse que ele informou-a sobre a morte de seu pai sem emoção e que ele nunca falou sobre seu irmão. Com o tempo, ele deu, pelo menos, três versões para o porquê de ele não ter comparecido ao funeral de seu pai.
Em uma entrevista para a revista Fortune em 2004, Schwarzenegger contou como sofreu o que hoje em dia seria chamado de "abuso infantil" nas mãos de seu pai:
"Meu cabelo foi puxado. Eu fui batido com cintos. Então eu era aquela criança. Foi do jeito que era. Muitas das crianças que eu já vi foram batidas pelos seus pais, o que era a mentalidade Austro-Germênica. Eles não queriam criar um indivíduo. Era tudo sobre conformes. Eu era um que não me conformava, e cuja vontade não podia ser quebrada. Portanto, eu me tornei rebelde. Toda vez que eu fui batido, e toda vez que alguém dizia 'você não pode fazer isto', eu dizia 'isto não vai ocorrer por muito tempo, porque eu vou sair daqui. Eu quero ser rico. Eu quero ser alguém.' "
— Arnold Schwarzenegger
Início da Vida Adulta
Schwarzenegger serviu ao exército Austríaco em 1965 para atender a um ano de serviço requerido quando todos os homens austríacos atingem 18 anos (a chamada conscrição). Venceu o torneio Mr. Europa Júnior em 1965. Schwarzenegger desertou durante o treinamento básico para que pudesse participar da competição; consequentemente passou uma semana em uma prisão do exército: "Participar da competição significava tanto para mim que eu não pensei cuidadosamente nas consequências." Ele venceu outro torneio de fisiculturismo em Graz, no Steirer Hof Hotel (onde ele ficou em segundo lugar). Arnold foi eleito o melhor fisiculturista da Europa, o que o fez famoso.
"O título de Mr. Universo foi a minha passagem para a América – a terra de oportunidades, onde eu poderia tornar-me uma estrela e ficar rico." Schwarzenegger fez sua primeira viagem a avião em 1966, participando da competição NABBA Mr. Universo em Londres. Ficou em segundo lugar na competição de Mr. Universo, não tendo a definição muscular do campeão estadunidense Chester Yorton.
Charles "Wag" Bennett, um dos juízes da competição de 1966, ficou impressionado com Schwarzenegger e ofereceu-se para treiná-lo. Como Arnold tinha pouco dinheiro, Bennett convidou-o a ficar na lotada casa de sua família, acima de uma de suas academias na área residencial de Forest Gate, Londres, Inglaterra. A definição da perna de Yorton foi julgada superior, e Schwarzenegger, sob um programa de treinamento planejado por Bennett, concentrou-se no melhoramento do poder e definição musculares em suas pernas. Residir no East End de Londres ajudou o fisiculturista a melhorar a sua compreensão rudimentar da língua inglesa. O treinamento valeu a pena e, em 1967, Arnold ganhou o título pela primeira vez, tornando-se o mais novo Mr. Universo de todos os tempos, aos apenas 20 anos. Ele ainda ganharia o título mais três vezes. Schwarzenegger, em seguida, voou de volta para Munique, treinando de quatro a seis horas diariamente, frequentando a escola de negócios e trabalhando em um clube de saúde (academia Rolf Putzinger, onde ele trabalhou e treinou de 1966 a 1968), retornando em 1968 a Londres para vencer seu próximo título Mr. Universo. Arnold frequentemente contava a Roger C. Field, um amigo, professor de inglês em Munique da época, que estava "indo para tornar-se o melhor ator!"
Ida para os EUA
Schwarzenegger mudou-se para os EUA em setembro de 1968 aos 21 anos, falando um pouco de inglês. "Naturamente, quando eu vim para este país, meu sotaque era muito ruim, e meu sotaque era também muito forte, o que era um obstáculo quando comecei a carreira de ator." Lá, ele treinou no Gold's Gym em Santa Mônica, Califórnia, sob o treinamento de Joe Weider. De 1970 a 1974, um dos treinadores de musculação de Schwarzenegger foi Ric Drasin, um wrestling profissional que desenhou o logotipo original do Gold's Gym em 1973. Arnold também se tornou amigo do wrestling profissional "Superstar" Billy Graham. Em 1970, aos 23 anos, ele conseguiu seu primeiro título de Mr. Olympia em Nova Iorque, e ainda ganharia o título mais seis vezes.
Schwarzenegger pode ter sido um imigrante ilegal em algum ponto dos anos 1960 ou início dos anos 1970 devido a violações dos termos de seu visto de entrada.
Em 1969, Arnold conheceu Barbara Outland Baker, uma professora de inglês; ele morou junto com ela até 1974. Schwarzenegger falou sobre Barbara em sua biografia em 1977: "Basicamente baixo o nível a isto: ela era uma mulher bem-equilibrada que queria uma vida ordinária e sólida e eu não era um homem bem-equilibrado, e odiava a ideia da vida ordinária." Baker descreveu Schwarzenegger como "[uma] personalidade alegre, totalmente carismática, aventureira, e atlética", entretando, alega que no fim do relacionamento ele tornou-se "insuportável – classicamente vaidoso – o mundo girava em torno dele". Baker publicou sua autobiografia em 2006, intitulada "Arnold and Me: In the Shadow of the Austrian Oak". Apesar de Baker, às vezes, retratar seu ex-amor de um jeito que não faz jus a ele, Schwarzenegger, na verdade, contribuiu para o seu livro com um prefácio, e também se encontrou com Baker por três horas. Baker afirma, por exemplo, que ela apenas soube do ser infiel de Arnold após a separação, e falou sobre uma vida de amor apaixonada e turbulenta. Schwarzenegger deixou claro que suas respectivas compreensões dos eventos podem diferir. O casal primeiramente encontrou-se de seis a oito meses após sua chegada aos Estados Unidos – seu primeiro encontro foi assitindo a chegada do homem à lua na televisão. Eles diviriam um apartamento em Santa Mônica por três anos e meio, e tendo um pouco de dinheiro, teriam visitado a praia todos os dias, e/ou ter tido churrasco no quintal. Embora Baker afirme que quando ela o conheceu pela primeira vez, ele tinha "pouca compreensão da sociedade educada", ela disse: "Ele é tanto um homem por esforço próprio quanto é possivel ser – nunca teve o incentivo de seus pais, sua família, seu irmão. Apenas teve esta grande determinação para provar a si mesmo, e isto era muito atraente... vou para o meu túmulo sabendo que Arnold me amou."
Schwarzenegger conheceu seu próximo amor, Sue Moray, uma ajudante de cabelereiro de Beverly Hills, na Praia de Venice em julho de 1977. De acordo com Moray, o casal teve um relacionamento aberto: "Fomos fiéis quando estávamos em Los Angeles... mas quando ele estava fora da cidade, estávamos livres para fazer o que queríamos." Arnold conheceu Maria Shriver no Torneio de Tênis Robert F. Kennedy em agosto de 1977; Arnold começou a ter um relacionamento com ambas as mulheres até agosto de 1978, quando Moray (que soube de seu relacionamento com Shriver) emitiu um ultimato.
Arnold disse que seu grande sonho, quando tinha 10 anos de idade, era mudar-se para os Estados Unidos. Ele se perguntou o que estava fazendo "na fazenda" na Áustria, e creu que o fisiculturismo seria sua "passagem para a América": "Eu tinha a certeza de que poderia ir para a América se vencesse o Mr. Universo." O jornal LA Weekly disse, em 2002, que Schwarzenegger é o imigrante mais famoso na América, que "superou um forte sotaque austríaco e transcedeu o fundo inauspicioso do fisiculturismo para tornar-se a maior estrela de cinema do mundo nos anos 1990".
Carreira no Fisiculturismo
Schwarzenegger é considerado uma das figuras mais importantes da história do fisiculturismo, e seu legado é comemorado no concurso anual Arnold Classic. Arnold continuou a ser um rosto importante no fisiculturismo mesmo após sua aposentadoria, em parte devido a sua popularidade em academias e revistas de fitness. Já presidiu inúmeros concursos e premiações.
Por muitos anos, escreveu uma coluna mensal para as revistas de fisiculturismo Muscle & Fitness e Flex. Pouco após ser eleito governador, foi nomeado editor executivo de ambas revistas, a título simbólico. As revistas concordaram a doar US$ 250.000 por ano às várias iniciativas de fitness do governador. A revista MuscleMag International tem um artigo de duas páginas mensal sobre ele, e se refere a Arnold como "The King" (em português, "O Rei").
Uma das primeiras competições que ele ganhou foi o torneio Mr. Europa Junior em 1965. Schwarzenegger venceu o Mr. Europa no ano seguinte, aos 19 anos. Ele passaria a vencer muitas outras competições de fisicultusimo (bem como algumas competições de levantamento de peso básico) incluindo cinco vitórias no Mr. Universo [4 pela NABBA (na Inglaterra), 1 pela IFBB (Estados Unidos)], e sete vitórias no Mr. Olympia, um recorde que vigorou até Lee Haney vencer oito títulos Mr. Olympia consecutivos em 1991.
Schwarzenegger media 187 cm (6 ft 1,5 in) e pesava 113 kg (240 libras).
Em 1967, Arnold competiu e venceu o torneio de levantamento de pedra em Munique, na qual uma pedra pesava 508 libras alemãs (254 kg/560 lbs). Schwarzenegger disse: "Durante o pico de minha carreira, minhas panturrilhas eram de 20 polegadas [50 cm], coxas de 28,5 polegadas [72 cm], cintura de 34 polegadas [86 cm], peito de 57 polegadas [144 cm], e cada braço de 22 polegadas [55 cm]."
Mr. Olympia
O objetivo de Schwarzenegger era tornar-se o maior fisiculturista do mundo, o que significava vencer o Mr. Olympia. Sua primeira tentativa foi em 1969, quando ele perdeu para o tri-campeão Sergio Oliva. No entanto, voltou em 1970 e venceu a competição, fazendo-o o mais novo Mr. Olympia de sempre, aos 23 anos, um recorde que vigora até hoje em dia.
Arnold continou sua série de vitórias nas competições de 1971 a 1974. Em 1975, Schwarzenegger retornou, em grande forma, e venceu o título no sexto ano consecutivo, quebrando o recorde anterior de Franco Columbu. Após o torneio Mr. Olympia de 1975, anunciou sua retirada do fisicultusimo profissional.
Meses antes do torneio Mr. Olympia de 1975, os cineastas George Butler e Robert Fiore persuadiram Schwarzenegger a competir, com o intuito de filmar seu treinamento para um documentário de fisiculturismo chamado Pumping Iron. Schwarzenegger teve apenas três meses para preparar-se para a competição, após ter perdido um peso significativo para aparecer no filme Stay Hungry com Jeff Bridges.
Arnold saiu de sua aposentadoria, no entanto, para competir o Mr. Olympia de 1980. Estava treinando para seu papel em Conan the Barbarian, e ficou em boa forma por causa da corrida, passeios a cavalo e treinamento com espada, que resolveu que queria vencer o torneio Mr. Olympia pela última vez. Ele manteve este plano em segredo, no caso de que um acidente de treino impedisse sua entrada e levasse-o a perder a fama. Schwarzenegger, pouco antes da competição, teria dito: "Por que não competir?" Ele acabou vencendo o evento com apenas sete semanas de preparação. Após ter sido declarado Mr. Olympia pela sétima vez, Schwarzenegger oficialmente se aposentou da carreira.
O uso de Esteróides
Schwarzenegger admitiu ter usado estroides anabolizantes para melhorar seu desempenho, enquanto eles eram legais, escrevendo em 1967 que "esteroides foram úteis para manter o tamanho do músculo enquanto eu estava em uma dieta estrita para a preparação para o torneio. Eu não os usei para o crescimento muscular, mas sim para a manutenção muscular quando desmanchava." Ele chamou as drogas de "construção têxtil".
Em 1999, Arnold processou Dr. Willi Heepe, um médico alemão que, publicamente, previu a morte prematura do fisiculturista, baseado no uso de esteroides e os posteriores problemas cardíacos. Pelo motivo de o médico nunca o ter examinado pessoalmente, Schwarzenegger ganhou DM 20.000 (US$ 12.000) no julgamento por difamação contra ele em um tribunal alemão. Ainda em 1999, Arnold processou o The Globe, um tabloide norte-americano, o qual fez predições similares sobre a saúde do fisiculturista. Schwarzenegger nasceu com uma valva aórtica bicúspide, uma válvula aórtica com apenas duas cúspides (uma valva aórtica comumente tem três cúspides); ambos pai e irmão tiveram a mesma condição. Em 1996, um ano após a cirurgia cardiovascular de Schwarzenegger para substituir a valva aórtica com uma valva homoenxerta humana, ele defendeu publicamente seu uso de esteroides anabolizantes durante a carreira fisiculturista.
Carreira Artística
Schwarzenegger queria mudar-se do fisiculturismo para a atuação, finalmente o conseguindo quando foi escolhido para atuar o papel de Hércules no filme Hercules in New York, 1970. Conhecido sob o nome "Arnold Strong", seu sotaque no filme foi tão carregado que sua voz foi dublada após a produção. Sua segunda aparição cinematográfica foi um sicário surdo-mudo da máfia em The Long Goodbye (1973), do diretor Robert Altman, sendo seguido por uma parte muito mais significante no filme Stay Hungry (1976), pelo qual Arnold foi premiado com um Globo de Ouro na categoria Nova Estrela Masculina do Ano. Schwarzenegger discutiu suas primeiras lutas no desenvolvimento de sua carreira artística: "Foi muito difícil para mim no começo – foi-me dito por agentes que meu corpo era 'muito estranho', que eu tinha um sotaque engraçado, e que meu nome era muito longo. Eles disseram que eu tinha que mudar isto. Basicamente, todo lugar que eu virava, era-me dito que eu não tinha chance."
Schwarzenegger chamou atenção e aumentou seu perfil no documentário de fisiculturismo Pumping Iron (1977), cujos elementos foram dramatizados. Em 1991, Arnold adquiriu os direitos do filme e associou também suas fotografias. Schwarzenegger tentou o papel principal da série The Incredible Hulk, entretanto não conseguiu o papel devido à sua altura. Mais tarde, Lou Ferrigno conseguiu o papel do alterego do Dr. David Banner. Arnold apareceu com Kirk Douglas e Ann-Margret na comédia The Villain, em 1979. Em 1980 ele estrelou um filme biográfico dedicado à atriz dos anos 1950 Jayne Mansfield como o marido de Mansfield, Mickey Hargitay.
O filme que descobriu Schwarzenegger foi o épico de Espada & Feitiçaria, Conan the Barbarian em 1982, que foi um sucesso de bilheteria. Foi seguido por uma sequência, Conan the Destroyer em 1984, embora sua performance de bilheteria fosse decepcionante. Em 1983, Schwarzenegger estrelou no vídeo promocional "Carnival in Rio".
Em 1984, ele fez a primeira das três aparições como o personagem principal do que alguns diriam que foi o papel mais notável de toda sua carreira artística no filme thriller de ficção científica do diretor James Cameron, The Terminator. Após o The Terminator, Schwarzenegger fez Red Sonja em 1985, que "afundou sem deixar vestígios."
Durante os anos 1980, a audiência teve um largo apetite por filmes de ação, com ambos Schwarzenegger e Sylvester Stallone tornando-se estrelas internacionais. Os papéis de Arnold refletiram seu gracejo, frequentemente com um senso de humor auto-depreciativo (incluindo, algumas vezes, paronomásias maliciosas famosas), separando seus papéis dos de herói de ação sério. Seu universo thriller/comédia alternativo Last Action Hero expôs um poster do filme Terminator 2: Judgment Day o que, no universo alternativo fictício, tinha Sylvester Stallone como a estrela principal.
Após sua vinda como uma superestrela de Hollywood, ele fez uma série de filmes de sucesso: Commando (1985), Raw Deal (1986), The Running Man (1987), e Red Heat (1988). Em Predator (1987), um outro filme de sucesso, Schwarzenegger participou de um elenco que incluía o futuro governador de Minnesota Jesse Ventura (Ventura também apareceu em The Running Man e Batman & Robin com Schwarzenegger) e o futuro candidato a governador de Kentucky Sonny Landham.
Twins (1988), uma comédia com Danny DeVito, foi uma mudança de ritmo, e também se mostrou um sucesso. Total Recall (1990) rendeu a Schwarzenegger US$ 10 milhões e 15% da renda bruta, e foi largamente elogiado. Kindergarten Cop (1990) reuniu ele ao diretor Ivan Reitman, quem dirigiu-o em Twins.
Schwarzenegger teve uma breve participação na carreira de diretor cinematográfico; primeiro com um episódio da série de TV Tales from the Crypt, intitulado "The Switch" em 1990, e segundo com o telefime de 1992 Christmas in Connecticut. Ele não mais dirigiu filmes deste então.
A volta de Schwarzenegger na indústria cinematográfica de alto nível foi com o personagem principal em Terminator 2: Judgment Day em 1991, sendo o filme de maior bilheteria de 1991. Em 1993, a National Association of Theatre Owners nomeou-o como "Estrela Internacional da Década." Seu próximo projeto cinematográfico, o filme de ação e paródia Last Action Hero em 1993 foi feito em oposição a Jurassic Park, com o desastre de bilheteria em conformidade. Seu próximo filme, a comédia de ação True Lies (1994) uma paródia altamente popular de filmes de espionagem, visou Schwarzenegger,reunido com o diretor de The Terminator James Cameron, aparecendo ao lado de Jamie Lee Curtis.
Pouco tempo depois, veio a comédia Junior (1994), a última das suas três com Ivan Reitman e novamente co-estrelando com Danny DeVito. Este filme trouxe a Schwarzenegger sua segunda nomeação ao Golden Globe, desta vez para o Melhor Ator em Comédia ou Musical. Foi seguido pelo thriller de ação Eraser (1996) e o filme baseado nas histórias em quadrinhos Batman & Robin (1997), onde ele atuou como o vilão Mr. Freeze. Este foi seu útlimo filme antes antes de tirar um tempo para se recuperar de uma lesão nas costas. Após a falha crítica de Batman & Robin, a carreira cinematográfica e proeminência de bilheteria de Schwarzenegger entraram em declínio.
Vários projetos de cinema foram anunciados com Schwarzenegger, acompanhado de outras estrelas, incluindo o remake de Planet of the Apes, uma nova versão cinematográfica de I Am Legend, e um filme da Segunda Guerra Mundial roteirzado por Quentin Tarantino que veria Schwarzenegger atuar como um austríaco pela terceira vez (após Junior e Kindergarten Cop). Em vez disso, ele retornou com o thriller supernatural End of Days (1999), depois seguido pelos filmes de ação The 6th Day (2000) e Collateral Damage (2002) os quais não conseguiram se dar bem nas bilheterias. Em 2003, ele fez sua terceira aparição como o personagem principal em Terminator 3: Rise of the Machines, que faturou mais de US$ 150 milhões apenas no mercado interno.
Em homenagem a Schwarzenegger, em 2002, Forum Stadtpark, uma associação local cultural, propôs planos para construir uma estátua do Terminator de 25 metros (82 pés) em um parque no centro de Graz. Arnold teria dito estar lisonjeado, mas pensou que o dinheiro seria melhor gasto em projetos sociais e a Special Olympics. Suas aparições cinematográficas mais recentes incluiram uma aparição de 3 segundos em The Rundown com Dwayne Johnson, e o remake de 2004 Around the World in 80 Days, onde ele apareceu com o astro de ação Jackie Chan pela primeira vez.
Schwarzenegger dublou Barão von Steuben no episódio 24 ("Valley Forge") de Liberty's Kids. Em 2005, fez uma pequena ponta, interpretando a si mesmo, no filme The Kid & I. Boatos se espalharam sobre Schwarzenegger aparecer em Terminator Salvation como o modelo original T-800, ao lado de Roland Kickinger. Arnold negou seu envolvimento. Porém, ao lançar o filme, foi visto que, apesar de aparecer brevemente, ele não participou do filme, mas sim seu rosto foi digitalizado, a partir de um filme anterior, no corpo de Kickinger.
Carreira no Fisiculturismo
Schwarzenegger foi registrado como republicano por muitos anos. Como ator, suas visões políticas foram sempre muito bem conhecidas como contrastavam com as visões de muitas outras estrelas proeminentes de Hollywood, que são, geralmente, consideradas uma comunidade liberal e inclinada aos democratas. Na Convenção Nacional Republicana de 2004, Schwarzenegger deu um discurso e explicou porque ele era republicano:
Finalmente cheguei aqui em 1968. Que dia especial era! Lembro-me eu cheguei aqui com os bolsos vazios, mas cheio de sonhos, cheio de determinação, cheio de desejos. A campanha presidencial estava em pleno andamento. Lembro-me assistindo a corrida presidencial Nixon-Humphrey na TV. Um amigo meu que falava alemão e inglês traduzia para mim. Eu ouvi Humphrey dizendo coisas que pareciam socialismo, algo que eu tinha acabado de sair.
Mas então eu ouvi Nixon falar. Ele estava falando sobre empresa livre, tirar o governo de suas costas, baixar os impostos e fortalecer as forças armadas. Ouvi Nixon falar soando mais como uma lufada de ar fresco. Eu disse para o meu amigo: "De que partido ele é?" Meu amigo disse: "Ele é Republicano." Eu disse: "Então eu sou Republicano." E eu tive sido um Republicano desde então.
Em 1985, Schwarzenegger apareceu em Stop the Madness, um vídeo musical anti-drogas patrocinado pela administração de Ronald Reagan. Ele noticiou a um grande público, pela primeira vez, que era republicano durante a eleição presidencial de 1988, acompanhando o então vice-presidente George H.W. Bush na campanha.
A primeira nomeação política de Schwarzenegger foi a presidente do Conselho de Saúde Física e Desportos Presidencial, no qual serviu de 1990 a 1993. Ele foi nomeado por George H. W. Bush, quem o apelidou de "Conan o Republicano". Mais tarde, serviu como Presidente para o Conselho de Saúde Física e Desportos Governamental da Califórnia sob o governo de Pete Wilson. No entanto, analistas políticos têm identificado Schwarzenegger como liberal, como tornou-se mais de esquerda desde sua eleição.
Entre 1993 e 1994, Schwarzenegger foi um embaixador da Cruz Vermelha (um papel sobretudo cerimonial, preenchido por celebridades). Em uma entrevista à revista Talk no final de 1999, perguntaram-no se ele já pensou em concorrer para o cargo de governador. Ele respondeu: "Penso sobre isso muitas vezes. A possibilidade existe, porque eu sinto isso dentro de mim." O The Hollywood Reporter afirmou pouco depois que Schwarzenegger pôs termo à especulação que ele poderia concorrer a governador da Califórnia. Seguindo seus comentário iniciais, Arnold disse: "Estou em um show business – Estou no meio de minha carreira. Por que eu iria pra frente com isso e saltaria em outra coisa?"
Charles Poliquin
Charles Poliquin é um treinador para treinamento da força que tem treinado e consultado inúmeros atletas de classe mundial e equipes esportivas profissionais.
Poliquin, um nativo de Otava, Canadá, treinou medalhistas olímpicos em 12 diferentes modalidades esportivas, incluindo a medalha de ouro velocista Donovan Bailey. Possui uma Licenciatura em Cinesiologia e um Mestrado em Fisiologia do Exercício.
Poliquin ganhou algum reconhecimento mainstream para sua coluna no fitness publicação Muscle Media 2000, na qual ele deu sua força, conselho do treinamento em artigos mensais para o público em geral, e mais tarde através da linha e versões de impressão de testosterona Magazine (agora conhecida como T-Nation).
Poliquin já publicou vários livros, muitos dos quais foram traduzidos para diversas línguas, incluindo Inglês, sueco, alemão, francês, italiano, holandês e japonês. Como colunista, ele escreveu mais de 500 artigos, em numerosas publicações. Seu primeiro livro, Os Princípios Poliquin formatado, um resumo básico dos seus métodos de treinamento e forneceram uma visão sobre os regimes de formação de alguns dos melhores atletas do mundo.
Poliquin, que fala fluente em Inglês, Francês e Alemão, também promoveu e ajudou a popularizar o volume de treinamento alemão.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Charles_Poliquin
Tradução: Google
Poliquin, um nativo de Otava, Canadá, treinou medalhistas olímpicos em 12 diferentes modalidades esportivas, incluindo a medalha de ouro velocista Donovan Bailey. Possui uma Licenciatura em Cinesiologia e um Mestrado em Fisiologia do Exercício.
Poliquin ganhou algum reconhecimento mainstream para sua coluna no fitness publicação Muscle Media 2000, na qual ele deu sua força, conselho do treinamento em artigos mensais para o público em geral, e mais tarde através da linha e versões de impressão de testosterona Magazine (agora conhecida como T-Nation).
Poliquin já publicou vários livros, muitos dos quais foram traduzidos para diversas línguas, incluindo Inglês, sueco, alemão, francês, italiano, holandês e japonês. Como colunista, ele escreveu mais de 500 artigos, em numerosas publicações. Seu primeiro livro, Os Princípios Poliquin formatado, um resumo básico dos seus métodos de treinamento e forneceram uma visão sobre os regimes de formação de alguns dos melhores atletas do mundo.
Poliquin, que fala fluente em Inglês, Francês e Alemão, também promoveu e ajudou a popularizar o volume de treinamento alemão.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Charles_Poliquin
Tradução: Google
Dorian Yates
Dorian Andrew Mientjez Yates (Hurley, Staffordshire, 19 de abril de 1962) é um ex-fisiculturistas britânico. Foi um dos maiores nomes do fisiculturismo, tendo revolucionado o esporte na década de 1990. Foi 6 vezes Mr. Olympia entre 1992 e 1997. Suas medidas em competição eram 1,80 m e 120 kg.
Tido por alguns como o maior fisiculturista de todos os tempos e precursor da era "freak" no fisiculturismo mundial, Dorian Yates revolucionou com volume e definição brutais, forçando, dessa forma, o fisiculturismo mundial a avançar a um novo nível. Com sua força de vontade inquestionável e adepto parcial do treinamento "heavy duty" - Método desenvolvido pelo lendário Mike Mentzer -, Dorian alcançou excelentes resultados, mas pagou caro por seu estilo de treino, chegando a contundir seriamente o tríceps, motivo este que o afastou das competições no início de 1998.
Com a aposentadoria de Dorian Yates, uma nova lenda assumiu o papel de expoente mundial do fisiculturismo. O mundo então conheceria Ronnie Coleman.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dorian_Yates
Tido por alguns como o maior fisiculturista de todos os tempos e precursor da era "freak" no fisiculturismo mundial, Dorian Yates revolucionou com volume e definição brutais, forçando, dessa forma, o fisiculturismo mundial a avançar a um novo nível. Com sua força de vontade inquestionável e adepto parcial do treinamento "heavy duty" - Método desenvolvido pelo lendário Mike Mentzer -, Dorian alcançou excelentes resultados, mas pagou caro por seu estilo de treino, chegando a contundir seriamente o tríceps, motivo este que o afastou das competições no início de 1998.
Com a aposentadoria de Dorian Yates, uma nova lenda assumiu o papel de expoente mundial do fisiculturismo. O mundo então conheceria Ronnie Coleman.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dorian_Yates
Arthur Jones
Arthur Jones (22 de Novembro de 1926 - 28 de Agosto de 2007) nasceu no Arkansas, mas cresceu em Seminole, Oklahoma. Foi o fundador da Nautilus Sports/Medical Industries e da MedX, Inc., foi também o criador das máquinas Nautilus nos anos 70. Ainda hoje o design das cams fisiológicas destas máquinas não é fácil de superar.
Revolucionário nos anos 70 com ideias que então eram contestadas, consideradas uma heresia e hoje em dia fazem parte das orientações do American College of Sports Medicine para o treino de força.
A grande vantagem deste Senhor, foi o fato de não ter como objetivo principal enriquecer ao criar máquinas de musculação. Era já uma pessoa com alguma riqueza, tendo mesmo o maior aeroporto privado dos EUA (ainda existente: Jumbolair e hoje em parte adquirida pelo ator John Travolta). Aliás, foi mesmo nomeado na lista da Forbes Fortune como uma das 400 pessoas mais ricas.
Este homem tinha o espírito do verdadeiro inventor, do verdadeiro cientista: céptico, curioso e disposto a levar as coisas até ao fim. Gastou milhões de dólares para criar máquinas diferentes, máquinas que fizessem algo que os pesos livres não eram capazes. Conseguiu desenvolver a cam, uma peça revolucionária que permitiu e permite uma variação da resistência das máquinas que ainda hoje utilizamos. Depois da Nautilus, outras marcas copiaram as cames desconhecendo o que as fazia funcionar tão bem nas velhas Nautilus com suavidade e pouco atrito.
As ideias de Arthur Jones passavam por incentivar um trabalho mais intenso em vez de um trabalho baseado em grandes volumes de treino. Realizou diversas experiências que podemos considerar de pouco académicas, mas que, pelo menos não estavam povoadas de assunções, dogmas, presunções e patrocínios como as investigações comuns no desporto da atualidade.
Em 1986, vendeu a Nautilus e criou a Med-X. Faleceu de causas naturais em Agosto de 2007 em Ocala, Florida (local onde residia). O seu filho Gary Jones, viria a criar outra revolução nas máquinas de musculação, a: Hammer Strength.
Realizações
As idéias de Jones ajudaram a mover a noção do público do bodybuilding e do treinamento de força para longe da escola de treinamento de Arnold Schwarzenegger (método apadrinhado por Joe Weider), que envolvia horas na academia, para o treinamento da alta intensidade. Isto envolvia treinos breves, escolha de cargas suficientes para que se podesse executar-se as séries até o fracasso muscular em boa forma e minimizando o impulso, que, de acordo com a ideologia do método, provoca o máximo crescimento muscular. Embora validado com a ajuda de diversos bodybuilders de alta-performance adquirindo tamanho significativo e ganhos de força, os treinamentos de alta intensidade é reconhecido por alguns universalmente como o melhor método de treinamento, porém as indústrias Weiders fazem com que os treinos de alta intensidade sejam descreditados. Os indivíduos famosos que treinaram sob a tutela de Jones incluem Sergio Oliva (Mr. Olympia), Casey Viator (que participou do Experimeno do Colorado) e Mike Mentzer, B. Coey, dentre outros. Arthur Jones é um ótimo inventor e não somente na área de desenvolvimento de máquinas de treinos. Arthur fez muito pela indústria médica e ainda faz, fundou as Hammers e as MedX. MedX máquinas perfeitas sobre todas as outras.
Um verdadeiro cientista!
Revolucionário nos anos 70 com ideias que então eram contestadas, consideradas uma heresia e hoje em dia fazem parte das orientações do American College of Sports Medicine para o treino de força.
A grande vantagem deste Senhor, foi o fato de não ter como objetivo principal enriquecer ao criar máquinas de musculação. Era já uma pessoa com alguma riqueza, tendo mesmo o maior aeroporto privado dos EUA (ainda existente: Jumbolair e hoje em parte adquirida pelo ator John Travolta). Aliás, foi mesmo nomeado na lista da Forbes Fortune como uma das 400 pessoas mais ricas.
Este homem tinha o espírito do verdadeiro inventor, do verdadeiro cientista: céptico, curioso e disposto a levar as coisas até ao fim. Gastou milhões de dólares para criar máquinas diferentes, máquinas que fizessem algo que os pesos livres não eram capazes. Conseguiu desenvolver a cam, uma peça revolucionária que permitiu e permite uma variação da resistência das máquinas que ainda hoje utilizamos. Depois da Nautilus, outras marcas copiaram as cames desconhecendo o que as fazia funcionar tão bem nas velhas Nautilus com suavidade e pouco atrito.
As ideias de Arthur Jones passavam por incentivar um trabalho mais intenso em vez de um trabalho baseado em grandes volumes de treino. Realizou diversas experiências que podemos considerar de pouco académicas, mas que, pelo menos não estavam povoadas de assunções, dogmas, presunções e patrocínios como as investigações comuns no desporto da atualidade.
Em 1986, vendeu a Nautilus e criou a Med-X. Faleceu de causas naturais em Agosto de 2007 em Ocala, Florida (local onde residia). O seu filho Gary Jones, viria a criar outra revolução nas máquinas de musculação, a: Hammer Strength.
Realizações
As idéias de Jones ajudaram a mover a noção do público do bodybuilding e do treinamento de força para longe da escola de treinamento de Arnold Schwarzenegger (método apadrinhado por Joe Weider), que envolvia horas na academia, para o treinamento da alta intensidade. Isto envolvia treinos breves, escolha de cargas suficientes para que se podesse executar-se as séries até o fracasso muscular em boa forma e minimizando o impulso, que, de acordo com a ideologia do método, provoca o máximo crescimento muscular. Embora validado com a ajuda de diversos bodybuilders de alta-performance adquirindo tamanho significativo e ganhos de força, os treinamentos de alta intensidade é reconhecido por alguns universalmente como o melhor método de treinamento, porém as indústrias Weiders fazem com que os treinos de alta intensidade sejam descreditados. Os indivíduos famosos que treinaram sob a tutela de Jones incluem Sergio Oliva (Mr. Olympia), Casey Viator (que participou do Experimeno do Colorado) e Mike Mentzer, B. Coey, dentre outros. Arthur Jones é um ótimo inventor e não somente na área de desenvolvimento de máquinas de treinos. Arthur fez muito pela indústria médica e ainda faz, fundou as Hammers e as MedX. MedX máquinas perfeitas sobre todas as outras.
Um verdadeiro cientista!
Mike Mentzer
Mike Mentzer (n. 15 de novembro de 1951) (f.10 de junho de 2001) foi um ex-fisiculturista profissional da IFBB, homem de negócios, autor de livros, e filósofo.
Conteúdos
* 1 A filosofia do bodybuilding
* 2 O sistema de treinamento de Mentzer
* 3 Seu histórico competitivo
* 4 Sua carreira no bodybuilding
* 5 Seus últimos anos e morte
A filosofia do Bodybuilding
Mentzer adotou os conceitos de bodybuilding desenvolvidos por Arthur Jones e tentou aperfeiçoa-los. Durante anos de estudo, observação, conhecimento da fisiologia do stress, das informações científicas mais atualizadamente disponíveis, e uso criterioso de sua própria habilidade racional, Mentzer inventou e prosperamente implementou a única teoria do bodybuilding. As teorias de Mentzer tem a intenção de ajudar as pessoas a alcançar o próprio potencial genético no período de tempo mais curto.
Mentzer era um Objetivista, e ele insistia que filosofia e bodybuilding são um e o mesmo. Ele disse "...o Homem, é uma entidade indivisível, uma unidade integrada de mente e corpo". Assim, os livros dele contêm tanto filosofia quanto informações sobre o bodybuilding.
High Intensity Training the Mike Mentzer Way foi o último trabalho de Mentzer. Neste, ele detalhou os princípios do treinamento com pesos, de alta intensidade. O treinamento com pesos, ele insistia, tinha que ser breve, infreqüente, e intenso, de modo a oferecer os melhores resultados na menor quantia de tempo. Heavy Duty II também incentiva o pensamento crítico. Neste livro, Mentzer mostra por que as pessoas precisam usar suas habilidades de raciocínio para viverem uma vida feliz, madura e adulta, e ele mostra aos leitores como continuar a agir assim.
Mentzer também era conhecido pela adoção da abordagem de que "uma caloria é uma caloria", e freqüentemente atormentava os fisiculturistas que estavam sob dieta estrita, ingerindo, perto das competições, muffins dinamarqueses e outros alimentos normalmente evitados pelos demais atletas.
O Sistema de Treinamento de Mentzer
Originalmente, Mentzer defendia treinamento com peso na técnica de pré-esgotamento. Por exemplo, extensões de perna são realizadas antes dos agachamentos, elevações laterais, antes de desenvolvimentos sobre a cabeça, flyes antes de supinos, e puxada alta com os braços estendidos antes das puxadas altas normais. Mentzer também era famoso por ir "além do fracasso" (BFT: Beyond Failure Training) com repetições forçadas, repetições negativas, contrações estáticas, e negativas forçadas.
Em geral, o praticante usa apenas 1 a 2 séries por movimento, e não mais que cinco movimentos por grupo muscular. Ao autor de livros sobre o Bodybuilding, Bob Kennedy, é dado o crédito pelo desenvolvimento da técnica de pré-esgotamento para os ombros (o cíclo de elevações laterais/desenvolvimento sobre a cabeça), mas Jones já havia usado o princípio do pré-esgotamento como base para a configuração de suas máquinas Nautilus. O sistema de Mentzer é altamente controverso, sendo que suas recomendações freqüentemente são exatamente o oposto do que normalmente é prescrito no mundo do treinamento de força. (veja drdarden.com, e Darden, THE NAUTILUS BOOK, 1980.)
Depois de renovar seu negócio de treinamento no final dos anos 80, Mentzer tornou-se convencido que até mesmo as rotinas de volume relativamente baixo defendidas por Arthur Jones e até por ele mesmo, eram de fato muito exaustivas para os praticantes comuns.
As rotinas de Mentzer nos anos 90 envolviam a aplicação de uma programação que envolvia dois treinamentos para pernas, um treinamento para peitorais / deltóides, e um treinamento para dorsais/bíceps a cada 10 a 14 dias.
Após, o praticante trocaria para um sistema avançado que envolve um treinamento de corpo inteiro, muito curto, a ser praticado uma vez a cada 6 a 10 dias. Alguns alunos de Mentzer relataram treinar cada grupo de músculos apenas uma vez a cada 21 dias. Por exemplo, uma série de cada um dos seguintes exercícios agachamento, supino, e puxada alta é executada ao longo de três semanas.
O enfoque da "Rotina Para Atletas", de Mentzer, fixava-se em mergulhos em paralelas, puxadas em barra fixa, levantamento terra, e agachamento: quatro séries a cada 14 dias (veja mikementzer.com). As rotinas de Jones envolviam o uso de treinamentos de corpo inteiro, três vezes por semana, para um total de 30 a 60 séries por semana. Embora este sistema era baixo em volume, em condições comparativas, Mentzer e outros aprenderam rapidamente que era muito trabalho envolvido.
Mentzer e os defensores do treinamento de força de "alta intensidade" acreditam que um indivíduo deve treinar muito arduamente, e tem que usar o peso mais pesado que possa administrar com boa técnica e sem lesionar-se. Os técnicos em treinamento de alta intensidade evitam o uso de levantamentos Olímpicos, derivados de levantamentos Olímpicos, levantamentos explosivos ou balísticos de qualquer tipo, e trabalho em pliometria. HIT e seus defensores questionam o dogma padrão de que atletas em modalidades esportivas explosivas (como o futebol ou lutas) deveriam fazer levantamentos explosivos do tipo " power clean ". Distinto do treinamento para o Powerlifting, o sistema HIT, normalmente envolve períodos de descanso muito pequenos entre as séries.
Um treinamento com pesos executado com intervalo mínimo entre séries pode ser usado para substituir exercícios aeróbios em estado-estável. Alguns técnicos HIT questionam o valor dos levantamentos Olímpicos explosivos para qualquer um exceto os próprios levantadores Olímpicos e strongmen profissionais, enquanto outros poderiam conceder que embora os levantamentos Olímpicos tenham algum valor, eles são muito perigosos e só isso é argumento suficiente para que sejam evitados. (Carpinelli, 1999). Jogadores de futebol, lutas, basquetebol, e futebol de campo são expostos altos riscos de lesão durante as competições, e sendo assim considera-se que o treinamento de força para atletas, não sendo um esporte em si mesmo, deveria ser administrado com tanta segurança quanto possível. (veja Ken Mannie, " Uma Carta Aberta ao Dr. William Kraemer ", além dos vários artigos e livros escritos por Matt Bryzyki).
Os Defensores do treinamento de alta intensidade acreditam na opinião de Arthur Jones de que em um indivíduo comum, enquanto a força pode ser aumentada em 400%, a capacidade de recuperação só pode ser aumentada em 50%. Então, quanto mais forte alguém se torna, acompanhando uma proporção inversa, menos tal pessoa deverá treinar. Tal princípio não foi provado, porém, sequer contestado, em testes controlados, embora seja totalmente suscetível de experimentação. HIT e seus defensores citam este princípio como uma lei biológica, enquanto a multidão de técnicos de treinamento de alto volume e técnicos do treinamento periodizado (por exemplo, Kraemer, Fleck, Bompa, e Hatfield) insiste que a capacidade recuperativa possa ser aumentada indefinidamente, ou pelo menos num ritmo que permita aos atletas bem condicionados prosperar em um volume mais alto de treinamento.
Estudos científicos em volume e freqüência tem apresentado resultados mistos, e o argumento sobre a capacidade de recuperação só pode ser resolvido através de estudos de objetivos que não envolvam algum motivo comercial ou PROFISSIONAL ou expectativas QUID PRO QUO relativas aos possíveis resultados. Um estudo da década de 90 demonstrou que os músculos do antebraço levam seis semanas para recuperar-se completamente de um treinamento super-pesado baseado em repetições exclusivamente negativas; considerando que os antebraços são um grupo muscular muito resistente, isto iria confirmar indiretamente a experiência de alguns treinadores de que é teoricamente possível treinar os principais grupos de músculos com pesos extremamente pesados apenas uma vez a cada doze semanas (Ironman Magazine, 4/1995).
Isto é inconfirmavel pelo atual estado da ciência, considerando o fato de que o "establishment" da fisiologia do exercício, em sua maior parte, é dominado por proponentes dos levantamentos Olímpicos, pliométricos, e treinamento com pesos em alto-volume (consulte o position paper do NSCA sobre os levantramentos explosivos, 2005.). Mentzer ofereceu-se a pagar $5,000 do próprio dinheiro para patrocinar um estudo objetivo sobre tal questão, e um laboratório da Flórida ofereceu-se para administrar tal estudo, mas os proponentes de sistemas rivais ignoraram o desafio público de Mentzer. (veja a revista All Natural Muscular Development, verão de 1998 - outono de 1999.)
Mike Mentzer popularizou o método pouco conhecido, de treinamento de repouso pausa. Mentzer deu o crédito ao Mr. América e fisioterapeuta Bob Gajda, por ensinar a ele esta técnica. Os detalhes da sua preparação para competição estão disponíveis no manual de 1979 "Heavy Duty Journal", que está sendo preparado para uma nova publicação. A técnica de treinamento em Repouso-Pausa envolve o uso de únicas repetições máximas, seguidas por "pausas" breves o suficiente para que os músculos recuperem temporariamente a força. Mentzer alcançou a melhor condição competitiva de sua vida usando o método repouso-pausa, numa época em que estava consumindo apenas 50 a 60 gramas de proteína por dia. Mentzer acreditava que os atletas não têm nenhuma justificativa biológica para o consumo de enormes quantidades de proteína, e Jones era famoso por recomendar aos atletas o consumo de fartas quantidades de pão branco fortificado. O atual método, DC Training, usa uma versão da técnica repouso-pausa com maior volume, freqüência, e ingesta de proteínas do que Mentzer teria endossado. (Veja o livro de Mike Mentzer, Heavy Duty I, 1978.)
Amostra da técnica Rest-pause de Mike Mentzer:
(veja: Heavy Duty Journal, 1979.)
Protocolo da técnica rest-pause:
1º repetição / pausa de 10 segundos,
2ª repetição / pausa de 10 segundos,
3º repetição (reduza a carga em 20%) / pausa de 15 segundos,
4º repetição.
- Segunda-feira:
1) pec deck fly, um braço de cada vez;
2) Supino inclinado (máquina);
3) Elevações laterais (máquina);
4) Rosca para bíceps na Omnibicep Machine (um braço de cada vez) em supersérie com barra fixa negativa apenas.
5) Extensão de cotovelo na polia alta / em super-série com mergulhos em paralelas negativo apenas.
- Quinta-feira:
1) Puxada na polia alta com empunhadura supinada;
2) Pulôver na máquina;
3) Levantamento Terra, 2 séries em estilo normal
4) Encolhimento de ombros na Universal Machine (obscuro quanto ao método exato), de costas para a máquina;
5) Remada curvado com barra - 1 a 2 séries normais;
...às vezes finalizava o trabalho de trapézio com power cleans.
(OBS: Mentzer também usaria a Nautilus Torso-Arm Machine, dependendo do local onde estivesse realizando o treinamento.)
- Domingo:
1) Extensão de perna, repouso-pausa,
...seguindo direto para o ...
2) leg press com a pilha de pesos inteira (510 lbs.) para várias repetições.;
3) Mesa flexora;
4) 2 séries normais de agachamento,
5) Flexão plantar unilateral com negativas lentas.
(Inicia novamente na quarta-feira.)
- Comentário: Mike Mentzer e Ray Mentzer também eram conhecidos por defender pesados mergulhos em paralelas e puxadas supinadas em barra fixa, apenas negativos, na Nautilus Multi-Exerciser Machine. Mike chamava os mergulhos em paralela "o agachamento da porção superior do corpo". Ele aconselhava aos basistas o uso dos mergulhos em paralelas como um complemento ao seu treinamento para o supino, tal como muitos strongmen legendários, desde Jack LaLanne até Pat Casey, que usavam extensivamente tal movimento. É notavel que ginastas competitivos em nivel internacional freqüentemente apresentam a porção superior do corpo extremamente musculosa, desenvolvida exclusivamente com exercícios que utilizam o próprio peso do corpo.
Posteriormente, Mentzer desenvolveu dois novos métodos que usam a técnica repouso-pausa:
Repetições infitrônicas -- envolvendo repetições negativas forçadas máximas,
...e;
Repetições omni-contraction -- envolvendo o fracasso em todos os três níveis de contração (positivo, estático, e negativo.) Pete Sisco e John Little expandiram o conceito de repetições estáticas/negativas no livro de 1998, Static Contraction Training.
Mentzer também recomendava uma antiga técnica de Jones, chamada "repetições negativas acentuadas", nas quais: eleva-se o peso bilateralmente, mas abaixa-se o peso unilateralmente, trocando os lados de repetição a repetição. Isto se torna pouco prático, sendo que muitas máquinas modernas de exercícios com pesos funcionam com um sistema de polias que corta o peso pela metade conforme o praticante utiliza apenas um braço ou uma perna. O praticante deveria encontrar algum equipamento equivalente que não corte a carga, tal como alguma Universal Machine ou Nautilus antiga. Este método pode ser usado em extensões de perna, flexões de perna, Supinos, e rosca para bíceps, por exemplo.
Mentzer sempre sustentou que repetições forçadas e pré-esgotamento eram técnicas suficientemente intensas para a maioria dos praticantes; repouso-pausa, repetições infitrônicas, e omni-contraction só deveriam ser tentadas por praticantes avançados com um desenvolvimento muscular expressivo, após pelo menos três anos de treinamento intenso regular. A maioria dos clientes de personal-training do Mentzer eram aconselhados a treinar apenas até o fracasso positivo e usar as técnicas de intensidade apenas ocasionalmente.
A força de Mentzer era notável: ele e seu irmão Ray às vezes executavam flyes inclinados com halteres de 48 kg. em super-série com supino inclinado com barra, com 184 kg. Os Mentzers usavam entre 84 kg a 93 kg para roscas apoiadas no banco scott e a pilha inteira (109 kg) na Nautilus 10-Degree Chest Machine, para "impossíveis" 10 repetições. Mike Mentzer tinha alcançado 143 kg de desenvolvimento por trás do pescoço e power cleans. Ele executava freqüentemente roscas roubadas com pesos próximos a 136 kg.
Algo em torno de 500 a 900 kg eram utilizados para séries normais de Leg Press na antiga máquina vertical (Mentzer acreditava que as modernas máquinas de Leg Press 45º eram perigosas para a lombar e os joelhos; e ele recomendava as máquinas Nautilus Leg Press Machine e Nautilus Duo Squat caso estivessem disponíveis). Mentzer foi treinado, enquanto era adolescente, por um levantador Olímpico e um basista. Ele atribuía muito do seu sucesso a tal fundação sólida.
Ele acreditava que os fisiculturistas profissionais ganhavam a maior parte da massa muscular que apresentavam enquanto eles treinavam usando rotinas sensatas durante seus primeiros três anos de treinamento, e depois eles deturpavam o próprio treinamento, como ele mesmo também já o fizera no passado, adicionando séries e dias de treinamento. Apenas o uso de substâncias químicas pode permitir a um fisiculturista profissional fazer progresso em rotinas longas, duras, e pesadas.
A tri-série de Mentzer para pernas (outro método de Jones) envolvia uma série de extensões de perna com 200 kg., uma série de leg press vertical com 408 kg ou mais, e uma série de agachamento com algo em torno de 216 a 227 kg., cada série de cada exercício levada até o fracasso, todas executadas uma após a outra para muitas repetições sem descanso. Ray podia agachar 408 kg para 2 repetições. Mike, Ray, e Casey Viator executavam meio agachamento com mais de 454 kg. (Mentzer, 2001, e mikementzer.com.) Ray também conseguia executar extensões de perna com 132 kg para 10 repetições (com qualquer de suas pernas, uma perna de cada vez) na Nautilus Leg Extension Machine.
Durante sua carreira como personal-trainer, Mentzer aconselhava aos seus clientes que usassem quase que exclusivamente máquinas Nautilus, com exceção para o levantamento terra e o agachamento. Ele não recomendava levantamentos explosivos para seus clientes, embora power-cleans e levantamentos olímpicos fossem às vezes uma parte de seus próprios treinamentos durante a década de 1970. A técnica de Mentzer nos levantamentos olímpicos era excelente.
Abaixo vem a amostra de uma rotina voltada para o powerlifting, inspirada nos princípios de Mentzer:
Treinamento 1 (Segunda-feira):
Supino - cinco repetições em rest-pause , ou uma série até o fracasso, para 8 repetições;
Elevações laterais ou desenvolvimento sobre a cabeça - uma série até o fracasso.
Treinamento 2 (sexta-feira):
Levantamento terra - cinco repetições em rest-pause, ou encolhimento de ombros com halteres - uma série até o fracasso;
Puxadas na polia alta ou em barra fixa - uma série até o fracasso
Treinamento 3 (Quarta-feira):
Agachamento – séries de 10-6-4-2, repetições aumentando o peso a cada série até um peso bem pesado.
Agachamento frontal ou leg press - uma série até o fracasso.
- Inicia novamente na terceira segunda-feira.
Nota: (com base em seu livro mais recente) Ele aconselha 4 a 7 dias (ou muito mais tempo caso seja necessário, em algum caso até 21 dias ou algo assim em casos raros) de descanso entre treinamentos para recuperar completamente antes de seguir adiante. Ele declara que a capacidade natural de recuperação orgânica leva muito tempo para restabelecer-se completamente, desde que seja desejada a recuperação e o crescimento muscular.
Amostra das rotinas mais recentes de mentzer (anos 1990 a 2000):
Rotina inicial de Mentzer:
1. Pernas;
2. Peito/Costas;
3. Pernas;
4. Deltóides/Braços.
Esta programação usa movimentos de pré-esgotamento.
Alternativamente:
1. Peitorais;
2. Pernas;
3. Dorsais;
4. Pernas.
Uma série por exercício; 4 a 7 dias entre treinamentos.
Rotina avançada:
1. Agachamento ou Leg Press, Supino, Barra fixa negativa.
2. Levantamento terra ou encolhimento de ombros, desenvolvimento sobre a cabeça com máquina ou halteres, flexão plantar sentado.
...Treina-se uma vez a cada 5 a 12 dias.
A rotina avançada elimina todos os movimentos não compostos, após o progresso ter estagnado na rotina inicial. A rotina avançada usa os grandes movimentos para os grandes grupos musculares, o que envolve vários músculos ao mesmo tempo.
O sistema de Mike Mentzer é um dos poucos sistemas de treinamento a considerar o fenômeno do "ganho de força após uma longa folga dos treinamentos". Mentzer foi talvez o primeiro famoso treinador de força a rejeitar a teoria da descompensação após 96 horas. (veja Darden, 2006.)
Deve ser feita concessão aos oponentes de Mentzer, de que não há nenhuma prova científica de que HIT seja superior a outros sistemas. Os defensores de HIT encontram provável justificativa no fato de que, apesar da ausência de provas sólidas, poderosas evidências narrativas estão disponíveis como testemunhas da eficácia de HIT (veja Mannie, Carta Aberta a Kraemer.)
História competitiva
* 1971 Mr. America - AAU, 10º,
* 1971 Mr. América adolescente - AAU, 2º,
* 1975 Mr. America - IFBB, Médio, 3º,
* 1975 Mr. USA - ABBA, Médio, 2º,
* 1976 Mr. America - IFBB, Campeão Geral,
* 1976 Mr. America - IFBB, Médio, 1º,
* 1976 Mr. Universe - IFBB, MiddleWeight, 2º,
* 1977 Campeonato Norte Americano - IFBB, Campeão Geral,
* 1977 Campeonatos Norte Americanos - IFBB, Peso Médio, 1º Lugar,
* 1977 Mr. Universe - IFBB, Peso Pesado, 2º lugar,
* 1978 E.U.A. X o Mundo - IFBB, Peso Pesado, 1º,
* 1978 Campeonato Mundial Amador - IFBB, Peso Pesado, 1º lugar,
* 1979 Canada Pro Cup - IFBB, 2º lugar,
* 1979 Florida Pro Inivititional - IFBB, 1º lugar,
* 1979 Night of Champions - IFBB, 3º lugar,
* 1979 Mr. Olympia - IFBB, Peso Pesado, 1º lugar,
* 1979 Pittsburgh Pro Invitational - IFBB, 2º lugar,
* 1979 Southern Pro Cup - IFBB, 1º lugar,
* 1980 Mr. Olympia - IFBB, 5º lugar,
Carreira no Bodybuilding
Mentzer começou competindo em competições locais de fisiculturismo quando ele tinha dezoito anos.
A primeira competição dele foi em 1969. Em 1971 ele sofreu sua pior derrota e classificou-se em 10º lugar no AAU Mr. América, a qual foi vencida por Casey Viator. Mais tarde, Mentzer considerou importante sua simples presença nesta competição, pois esta foi a ocasião em que ele conheceu Viator, que deu a Mentzer a informação de contato para com seu treinador, Arthur Jones. (Mentzer manteve contato com Jones nos anos que se seguiram, aprendendo novas teorias que ele então incorporaria ao seu próprio sistema de treinamento.) Depois de um afastamento de alguns anos, ele retornou às competições em 1975, para o Mr. América, em que se colocaria em terceiro, atrás de Robby Robinson e Roger Callard.
Mentzer veio a vencer esta competição em 1976. Ele venceu o Campeonato Norte Americano, em Vancouver, em 1977, e na Columbia britânica, no mesmo ano, e uma semana depois competiu no Mr. Universe 1977, em Nimes, França, colocando-se em segundo atrás de Kal Szkalak.
Em 1978, Mentzer venceu o Mr. Universe em Acapulco, México, com a primeira (e única, desde então) pontuação perfeita. Ele tornou-se um fisiculturista profissional de vencer o Mr. Universo em 1978. No fim de 1979, Mentzer venceu a categoria peso pesado do Mr. Olympia, mas perdeu o overall para Frank Zane, que foi agraciado por tal título pela terceira vez, naquele ano. Alguns membros da comunidade do bodybuilding acreditam que Mentzer deveria ter vencido o Mr. Olympia 1980, embora ele tenha se classificado em quinto atrás de Arnold Schwarzenegger, Chris Dickerson, Frank Zane e Boyer Coe (atrás de uma estreita vantagem para Boyer Coe).
O título foi para Arnold Schwarzenegger que retornou à competição após um hiato de 4 anos de participação no esporte. Muitos entendem que Arnold não estava em forma para aquela competição. Mentzer abandonou o cenário competitivo do bodybuilding depois dessa competição, com a idade de 29 anos. Mentzer sustentou até o dia de sua morte, a opinião de que a aquela competição tinha sido fraudada, entretanto, eventualmente ele reconsiderou as condições de sua relação inter-pessoal para com Arnold.
Anos finais e morte
Após a derrota no Mr. Olympia 1980, Mentzer envolveu-se em numerosos problemas. Foi divulgado que no final dos anos 70, Mike iniciou o uso de anfetaminas, declarando que esse era um auxílio ergogênico necessário para facilitar seu estilo de vida agitado. Mentzer deixou seu cargo nas Publicações Weider logo após sua derrota no Mr. Olympia, e como resultado disso, sofreu complicações financeirar. Em 1985 ele começou um trabalho como editor da então recentemente lançada Workout Magazine, porém, esse empreendimento fracassou no mesmo ano em que seu pai morreu, e a partir daí, Mentzer passou repetidamente a sofrer de desarranjo mental.
De acordo com Peter McGough, editor-em-chefe da Revista FLEX, começaram a aparecer histórias de que Menzter passou a exibir algum tipo de comportamento muito irregular. Histórias dele correndo nu pelas ruas, orientando o tráfego, revelando profecias sobre o fim do mundo, sendo detido pela policia em numerosas ocasiões, e até mesmo esperando a aterrissagem de extraterrestres, tudo isso publicado vez ou outra em diversas revistas.
O famoso autor de livros sobre o Bodybuilding, Dan Duchaine, igualmente sugeriu que Menzter estava bebendo a própria urina na ocasião. Mike negou isto em uma entrevista, em 2001, na Ironman Magazine. Todavia, de acordo com McGough algumas destas histórias são verdadeiras. Menzter também esteve internado com freqüência em instituições psiquiátricas entre os anos de 1985 até 1990, quando ele finalmente abandonou o vício em anfetaminas. Livre das drogas, Mike voltou a treinar fisiculturistas e a escrever para a Ironman Magazine, e passou a maior parte dos anos 90 recuperando seu status na indústria do bodybuilding.
Mentzer morreu em 9 de junho de 2001. Ele foi encontrado morto (devido complicações cardíacas) em seu próprio apartamento, por seu irmão mais novo e companheiro no fisiculturismo Ray Mentzer. Mentzer foi um usuário pesado de metanfetaminas por aproximadamente uma década, e isto é atribuído como um fator que contribuiu em sua morte. Dois dias depois, Ray, seu irmão, também morreu, durante o sono, depois de complicações de longa data em sua luta contra a doença de Berger.
Conteúdos
* 1 A filosofia do bodybuilding
* 2 O sistema de treinamento de Mentzer
* 3 Seu histórico competitivo
* 4 Sua carreira no bodybuilding
* 5 Seus últimos anos e morte
A filosofia do Bodybuilding
Mentzer adotou os conceitos de bodybuilding desenvolvidos por Arthur Jones e tentou aperfeiçoa-los. Durante anos de estudo, observação, conhecimento da fisiologia do stress, das informações científicas mais atualizadamente disponíveis, e uso criterioso de sua própria habilidade racional, Mentzer inventou e prosperamente implementou a única teoria do bodybuilding. As teorias de Mentzer tem a intenção de ajudar as pessoas a alcançar o próprio potencial genético no período de tempo mais curto.
Mentzer era um Objetivista, e ele insistia que filosofia e bodybuilding são um e o mesmo. Ele disse "...o Homem, é uma entidade indivisível, uma unidade integrada de mente e corpo". Assim, os livros dele contêm tanto filosofia quanto informações sobre o bodybuilding.
High Intensity Training the Mike Mentzer Way foi o último trabalho de Mentzer. Neste, ele detalhou os princípios do treinamento com pesos, de alta intensidade. O treinamento com pesos, ele insistia, tinha que ser breve, infreqüente, e intenso, de modo a oferecer os melhores resultados na menor quantia de tempo. Heavy Duty II também incentiva o pensamento crítico. Neste livro, Mentzer mostra por que as pessoas precisam usar suas habilidades de raciocínio para viverem uma vida feliz, madura e adulta, e ele mostra aos leitores como continuar a agir assim.
Mentzer também era conhecido pela adoção da abordagem de que "uma caloria é uma caloria", e freqüentemente atormentava os fisiculturistas que estavam sob dieta estrita, ingerindo, perto das competições, muffins dinamarqueses e outros alimentos normalmente evitados pelos demais atletas.
O Sistema de Treinamento de Mentzer
Originalmente, Mentzer defendia treinamento com peso na técnica de pré-esgotamento. Por exemplo, extensões de perna são realizadas antes dos agachamentos, elevações laterais, antes de desenvolvimentos sobre a cabeça, flyes antes de supinos, e puxada alta com os braços estendidos antes das puxadas altas normais. Mentzer também era famoso por ir "além do fracasso" (BFT: Beyond Failure Training) com repetições forçadas, repetições negativas, contrações estáticas, e negativas forçadas.
Em geral, o praticante usa apenas 1 a 2 séries por movimento, e não mais que cinco movimentos por grupo muscular. Ao autor de livros sobre o Bodybuilding, Bob Kennedy, é dado o crédito pelo desenvolvimento da técnica de pré-esgotamento para os ombros (o cíclo de elevações laterais/desenvolvimento sobre a cabeça), mas Jones já havia usado o princípio do pré-esgotamento como base para a configuração de suas máquinas Nautilus. O sistema de Mentzer é altamente controverso, sendo que suas recomendações freqüentemente são exatamente o oposto do que normalmente é prescrito no mundo do treinamento de força. (veja drdarden.com, e Darden, THE NAUTILUS BOOK, 1980.)
Depois de renovar seu negócio de treinamento no final dos anos 80, Mentzer tornou-se convencido que até mesmo as rotinas de volume relativamente baixo defendidas por Arthur Jones e até por ele mesmo, eram de fato muito exaustivas para os praticantes comuns.
As rotinas de Mentzer nos anos 90 envolviam a aplicação de uma programação que envolvia dois treinamentos para pernas, um treinamento para peitorais / deltóides, e um treinamento para dorsais/bíceps a cada 10 a 14 dias.
Após, o praticante trocaria para um sistema avançado que envolve um treinamento de corpo inteiro, muito curto, a ser praticado uma vez a cada 6 a 10 dias. Alguns alunos de Mentzer relataram treinar cada grupo de músculos apenas uma vez a cada 21 dias. Por exemplo, uma série de cada um dos seguintes exercícios agachamento, supino, e puxada alta é executada ao longo de três semanas.
O enfoque da "Rotina Para Atletas", de Mentzer, fixava-se em mergulhos em paralelas, puxadas em barra fixa, levantamento terra, e agachamento: quatro séries a cada 14 dias (veja mikementzer.com). As rotinas de Jones envolviam o uso de treinamentos de corpo inteiro, três vezes por semana, para um total de 30 a 60 séries por semana. Embora este sistema era baixo em volume, em condições comparativas, Mentzer e outros aprenderam rapidamente que era muito trabalho envolvido.
Mentzer e os defensores do treinamento de força de "alta intensidade" acreditam que um indivíduo deve treinar muito arduamente, e tem que usar o peso mais pesado que possa administrar com boa técnica e sem lesionar-se. Os técnicos em treinamento de alta intensidade evitam o uso de levantamentos Olímpicos, derivados de levantamentos Olímpicos, levantamentos explosivos ou balísticos de qualquer tipo, e trabalho em pliometria. HIT e seus defensores questionam o dogma padrão de que atletas em modalidades esportivas explosivas (como o futebol ou lutas) deveriam fazer levantamentos explosivos do tipo " power clean ". Distinto do treinamento para o Powerlifting, o sistema HIT, normalmente envolve períodos de descanso muito pequenos entre as séries.
Um treinamento com pesos executado com intervalo mínimo entre séries pode ser usado para substituir exercícios aeróbios em estado-estável. Alguns técnicos HIT questionam o valor dos levantamentos Olímpicos explosivos para qualquer um exceto os próprios levantadores Olímpicos e strongmen profissionais, enquanto outros poderiam conceder que embora os levantamentos Olímpicos tenham algum valor, eles são muito perigosos e só isso é argumento suficiente para que sejam evitados. (Carpinelli, 1999). Jogadores de futebol, lutas, basquetebol, e futebol de campo são expostos altos riscos de lesão durante as competições, e sendo assim considera-se que o treinamento de força para atletas, não sendo um esporte em si mesmo, deveria ser administrado com tanta segurança quanto possível. (veja Ken Mannie, " Uma Carta Aberta ao Dr. William Kraemer ", além dos vários artigos e livros escritos por Matt Bryzyki).
Os Defensores do treinamento de alta intensidade acreditam na opinião de Arthur Jones de que em um indivíduo comum, enquanto a força pode ser aumentada em 400%, a capacidade de recuperação só pode ser aumentada em 50%. Então, quanto mais forte alguém se torna, acompanhando uma proporção inversa, menos tal pessoa deverá treinar. Tal princípio não foi provado, porém, sequer contestado, em testes controlados, embora seja totalmente suscetível de experimentação. HIT e seus defensores citam este princípio como uma lei biológica, enquanto a multidão de técnicos de treinamento de alto volume e técnicos do treinamento periodizado (por exemplo, Kraemer, Fleck, Bompa, e Hatfield) insiste que a capacidade recuperativa possa ser aumentada indefinidamente, ou pelo menos num ritmo que permita aos atletas bem condicionados prosperar em um volume mais alto de treinamento.
Estudos científicos em volume e freqüência tem apresentado resultados mistos, e o argumento sobre a capacidade de recuperação só pode ser resolvido através de estudos de objetivos que não envolvam algum motivo comercial ou PROFISSIONAL ou expectativas QUID PRO QUO relativas aos possíveis resultados. Um estudo da década de 90 demonstrou que os músculos do antebraço levam seis semanas para recuperar-se completamente de um treinamento super-pesado baseado em repetições exclusivamente negativas; considerando que os antebraços são um grupo muscular muito resistente, isto iria confirmar indiretamente a experiência de alguns treinadores de que é teoricamente possível treinar os principais grupos de músculos com pesos extremamente pesados apenas uma vez a cada doze semanas (Ironman Magazine, 4/1995).
Isto é inconfirmavel pelo atual estado da ciência, considerando o fato de que o "establishment" da fisiologia do exercício, em sua maior parte, é dominado por proponentes dos levantamentos Olímpicos, pliométricos, e treinamento com pesos em alto-volume (consulte o position paper do NSCA sobre os levantramentos explosivos, 2005.). Mentzer ofereceu-se a pagar $5,000 do próprio dinheiro para patrocinar um estudo objetivo sobre tal questão, e um laboratório da Flórida ofereceu-se para administrar tal estudo, mas os proponentes de sistemas rivais ignoraram o desafio público de Mentzer. (veja a revista All Natural Muscular Development, verão de 1998 - outono de 1999.)
Mike Mentzer popularizou o método pouco conhecido, de treinamento de repouso pausa. Mentzer deu o crédito ao Mr. América e fisioterapeuta Bob Gajda, por ensinar a ele esta técnica. Os detalhes da sua preparação para competição estão disponíveis no manual de 1979 "Heavy Duty Journal", que está sendo preparado para uma nova publicação. A técnica de treinamento em Repouso-Pausa envolve o uso de únicas repetições máximas, seguidas por "pausas" breves o suficiente para que os músculos recuperem temporariamente a força. Mentzer alcançou a melhor condição competitiva de sua vida usando o método repouso-pausa, numa época em que estava consumindo apenas 50 a 60 gramas de proteína por dia. Mentzer acreditava que os atletas não têm nenhuma justificativa biológica para o consumo de enormes quantidades de proteína, e Jones era famoso por recomendar aos atletas o consumo de fartas quantidades de pão branco fortificado. O atual método, DC Training, usa uma versão da técnica repouso-pausa com maior volume, freqüência, e ingesta de proteínas do que Mentzer teria endossado. (Veja o livro de Mike Mentzer, Heavy Duty I, 1978.)
Amostra da técnica Rest-pause de Mike Mentzer:
(veja: Heavy Duty Journal, 1979.)
Protocolo da técnica rest-pause:
1º repetição / pausa de 10 segundos,
2ª repetição / pausa de 10 segundos,
3º repetição (reduza a carga em 20%) / pausa de 15 segundos,
4º repetição.
- Segunda-feira:
1) pec deck fly, um braço de cada vez;
2) Supino inclinado (máquina);
3) Elevações laterais (máquina);
4) Rosca para bíceps na Omnibicep Machine (um braço de cada vez) em supersérie com barra fixa negativa apenas.
5) Extensão de cotovelo na polia alta / em super-série com mergulhos em paralelas negativo apenas.
- Quinta-feira:
1) Puxada na polia alta com empunhadura supinada;
2) Pulôver na máquina;
3) Levantamento Terra, 2 séries em estilo normal
4) Encolhimento de ombros na Universal Machine (obscuro quanto ao método exato), de costas para a máquina;
5) Remada curvado com barra - 1 a 2 séries normais;
...às vezes finalizava o trabalho de trapézio com power cleans.
(OBS: Mentzer também usaria a Nautilus Torso-Arm Machine, dependendo do local onde estivesse realizando o treinamento.)
- Domingo:
1) Extensão de perna, repouso-pausa,
...seguindo direto para o ...
2) leg press com a pilha de pesos inteira (510 lbs.) para várias repetições.;
3) Mesa flexora;
4) 2 séries normais de agachamento,
5) Flexão plantar unilateral com negativas lentas.
(Inicia novamente na quarta-feira.)
- Comentário: Mike Mentzer e Ray Mentzer também eram conhecidos por defender pesados mergulhos em paralelas e puxadas supinadas em barra fixa, apenas negativos, na Nautilus Multi-Exerciser Machine. Mike chamava os mergulhos em paralela "o agachamento da porção superior do corpo". Ele aconselhava aos basistas o uso dos mergulhos em paralelas como um complemento ao seu treinamento para o supino, tal como muitos strongmen legendários, desde Jack LaLanne até Pat Casey, que usavam extensivamente tal movimento. É notavel que ginastas competitivos em nivel internacional freqüentemente apresentam a porção superior do corpo extremamente musculosa, desenvolvida exclusivamente com exercícios que utilizam o próprio peso do corpo.
Posteriormente, Mentzer desenvolveu dois novos métodos que usam a técnica repouso-pausa:
Repetições infitrônicas -- envolvendo repetições negativas forçadas máximas,
...e;
Repetições omni-contraction -- envolvendo o fracasso em todos os três níveis de contração (positivo, estático, e negativo.) Pete Sisco e John Little expandiram o conceito de repetições estáticas/negativas no livro de 1998, Static Contraction Training.
Mentzer também recomendava uma antiga técnica de Jones, chamada "repetições negativas acentuadas", nas quais: eleva-se o peso bilateralmente, mas abaixa-se o peso unilateralmente, trocando os lados de repetição a repetição. Isto se torna pouco prático, sendo que muitas máquinas modernas de exercícios com pesos funcionam com um sistema de polias que corta o peso pela metade conforme o praticante utiliza apenas um braço ou uma perna. O praticante deveria encontrar algum equipamento equivalente que não corte a carga, tal como alguma Universal Machine ou Nautilus antiga. Este método pode ser usado em extensões de perna, flexões de perna, Supinos, e rosca para bíceps, por exemplo.
Mentzer sempre sustentou que repetições forçadas e pré-esgotamento eram técnicas suficientemente intensas para a maioria dos praticantes; repouso-pausa, repetições infitrônicas, e omni-contraction só deveriam ser tentadas por praticantes avançados com um desenvolvimento muscular expressivo, após pelo menos três anos de treinamento intenso regular. A maioria dos clientes de personal-training do Mentzer eram aconselhados a treinar apenas até o fracasso positivo e usar as técnicas de intensidade apenas ocasionalmente.
A força de Mentzer era notável: ele e seu irmão Ray às vezes executavam flyes inclinados com halteres de 48 kg. em super-série com supino inclinado com barra, com 184 kg. Os Mentzers usavam entre 84 kg a 93 kg para roscas apoiadas no banco scott e a pilha inteira (109 kg) na Nautilus 10-Degree Chest Machine, para "impossíveis" 10 repetições. Mike Mentzer tinha alcançado 143 kg de desenvolvimento por trás do pescoço e power cleans. Ele executava freqüentemente roscas roubadas com pesos próximos a 136 kg.
Algo em torno de 500 a 900 kg eram utilizados para séries normais de Leg Press na antiga máquina vertical (Mentzer acreditava que as modernas máquinas de Leg Press 45º eram perigosas para a lombar e os joelhos; e ele recomendava as máquinas Nautilus Leg Press Machine e Nautilus Duo Squat caso estivessem disponíveis). Mentzer foi treinado, enquanto era adolescente, por um levantador Olímpico e um basista. Ele atribuía muito do seu sucesso a tal fundação sólida.
Ele acreditava que os fisiculturistas profissionais ganhavam a maior parte da massa muscular que apresentavam enquanto eles treinavam usando rotinas sensatas durante seus primeiros três anos de treinamento, e depois eles deturpavam o próprio treinamento, como ele mesmo também já o fizera no passado, adicionando séries e dias de treinamento. Apenas o uso de substâncias químicas pode permitir a um fisiculturista profissional fazer progresso em rotinas longas, duras, e pesadas.
A tri-série de Mentzer para pernas (outro método de Jones) envolvia uma série de extensões de perna com 200 kg., uma série de leg press vertical com 408 kg ou mais, e uma série de agachamento com algo em torno de 216 a 227 kg., cada série de cada exercício levada até o fracasso, todas executadas uma após a outra para muitas repetições sem descanso. Ray podia agachar 408 kg para 2 repetições. Mike, Ray, e Casey Viator executavam meio agachamento com mais de 454 kg. (Mentzer, 2001, e mikementzer.com.) Ray também conseguia executar extensões de perna com 132 kg para 10 repetições (com qualquer de suas pernas, uma perna de cada vez) na Nautilus Leg Extension Machine.
Durante sua carreira como personal-trainer, Mentzer aconselhava aos seus clientes que usassem quase que exclusivamente máquinas Nautilus, com exceção para o levantamento terra e o agachamento. Ele não recomendava levantamentos explosivos para seus clientes, embora power-cleans e levantamentos olímpicos fossem às vezes uma parte de seus próprios treinamentos durante a década de 1970. A técnica de Mentzer nos levantamentos olímpicos era excelente.
Abaixo vem a amostra de uma rotina voltada para o powerlifting, inspirada nos princípios de Mentzer:
Treinamento 1 (Segunda-feira):
Supino - cinco repetições em rest-pause , ou uma série até o fracasso, para 8 repetições;
Elevações laterais ou desenvolvimento sobre a cabeça - uma série até o fracasso.
Treinamento 2 (sexta-feira):
Levantamento terra - cinco repetições em rest-pause, ou encolhimento de ombros com halteres - uma série até o fracasso;
Puxadas na polia alta ou em barra fixa - uma série até o fracasso
Treinamento 3 (Quarta-feira):
Agachamento – séries de 10-6-4-2, repetições aumentando o peso a cada série até um peso bem pesado.
Agachamento frontal ou leg press - uma série até o fracasso.
- Inicia novamente na terceira segunda-feira.
Nota: (com base em seu livro mais recente) Ele aconselha 4 a 7 dias (ou muito mais tempo caso seja necessário, em algum caso até 21 dias ou algo assim em casos raros) de descanso entre treinamentos para recuperar completamente antes de seguir adiante. Ele declara que a capacidade natural de recuperação orgânica leva muito tempo para restabelecer-se completamente, desde que seja desejada a recuperação e o crescimento muscular.
Amostra das rotinas mais recentes de mentzer (anos 1990 a 2000):
Rotina inicial de Mentzer:
1. Pernas;
2. Peito/Costas;
3. Pernas;
4. Deltóides/Braços.
Esta programação usa movimentos de pré-esgotamento.
Alternativamente:
1. Peitorais;
2. Pernas;
3. Dorsais;
4. Pernas.
Uma série por exercício; 4 a 7 dias entre treinamentos.
Rotina avançada:
1. Agachamento ou Leg Press, Supino, Barra fixa negativa.
2. Levantamento terra ou encolhimento de ombros, desenvolvimento sobre a cabeça com máquina ou halteres, flexão plantar sentado.
...Treina-se uma vez a cada 5 a 12 dias.
A rotina avançada elimina todos os movimentos não compostos, após o progresso ter estagnado na rotina inicial. A rotina avançada usa os grandes movimentos para os grandes grupos musculares, o que envolve vários músculos ao mesmo tempo.
O sistema de Mike Mentzer é um dos poucos sistemas de treinamento a considerar o fenômeno do "ganho de força após uma longa folga dos treinamentos". Mentzer foi talvez o primeiro famoso treinador de força a rejeitar a teoria da descompensação após 96 horas. (veja Darden, 2006.)
Deve ser feita concessão aos oponentes de Mentzer, de que não há nenhuma prova científica de que HIT seja superior a outros sistemas. Os defensores de HIT encontram provável justificativa no fato de que, apesar da ausência de provas sólidas, poderosas evidências narrativas estão disponíveis como testemunhas da eficácia de HIT (veja Mannie, Carta Aberta a Kraemer.)
História competitiva
* 1971 Mr. America - AAU, 10º,
* 1971 Mr. América adolescente - AAU, 2º,
* 1975 Mr. America - IFBB, Médio, 3º,
* 1975 Mr. USA - ABBA, Médio, 2º,
* 1976 Mr. America - IFBB, Campeão Geral,
* 1976 Mr. America - IFBB, Médio, 1º,
* 1976 Mr. Universe - IFBB, MiddleWeight, 2º,
* 1977 Campeonato Norte Americano - IFBB, Campeão Geral,
* 1977 Campeonatos Norte Americanos - IFBB, Peso Médio, 1º Lugar,
* 1977 Mr. Universe - IFBB, Peso Pesado, 2º lugar,
* 1978 E.U.A. X o Mundo - IFBB, Peso Pesado, 1º,
* 1978 Campeonato Mundial Amador - IFBB, Peso Pesado, 1º lugar,
* 1979 Canada Pro Cup - IFBB, 2º lugar,
* 1979 Florida Pro Inivititional - IFBB, 1º lugar,
* 1979 Night of Champions - IFBB, 3º lugar,
* 1979 Mr. Olympia - IFBB, Peso Pesado, 1º lugar,
* 1979 Pittsburgh Pro Invitational - IFBB, 2º lugar,
* 1979 Southern Pro Cup - IFBB, 1º lugar,
* 1980 Mr. Olympia - IFBB, 5º lugar,
Carreira no Bodybuilding
Mentzer começou competindo em competições locais de fisiculturismo quando ele tinha dezoito anos.
A primeira competição dele foi em 1969. Em 1971 ele sofreu sua pior derrota e classificou-se em 10º lugar no AAU Mr. América, a qual foi vencida por Casey Viator. Mais tarde, Mentzer considerou importante sua simples presença nesta competição, pois esta foi a ocasião em que ele conheceu Viator, que deu a Mentzer a informação de contato para com seu treinador, Arthur Jones. (Mentzer manteve contato com Jones nos anos que se seguiram, aprendendo novas teorias que ele então incorporaria ao seu próprio sistema de treinamento.) Depois de um afastamento de alguns anos, ele retornou às competições em 1975, para o Mr. América, em que se colocaria em terceiro, atrás de Robby Robinson e Roger Callard.
Mentzer veio a vencer esta competição em 1976. Ele venceu o Campeonato Norte Americano, em Vancouver, em 1977, e na Columbia britânica, no mesmo ano, e uma semana depois competiu no Mr. Universe 1977, em Nimes, França, colocando-se em segundo atrás de Kal Szkalak.
Em 1978, Mentzer venceu o Mr. Universe em Acapulco, México, com a primeira (e única, desde então) pontuação perfeita. Ele tornou-se um fisiculturista profissional de vencer o Mr. Universo em 1978. No fim de 1979, Mentzer venceu a categoria peso pesado do Mr. Olympia, mas perdeu o overall para Frank Zane, que foi agraciado por tal título pela terceira vez, naquele ano. Alguns membros da comunidade do bodybuilding acreditam que Mentzer deveria ter vencido o Mr. Olympia 1980, embora ele tenha se classificado em quinto atrás de Arnold Schwarzenegger, Chris Dickerson, Frank Zane e Boyer Coe (atrás de uma estreita vantagem para Boyer Coe).
O título foi para Arnold Schwarzenegger que retornou à competição após um hiato de 4 anos de participação no esporte. Muitos entendem que Arnold não estava em forma para aquela competição. Mentzer abandonou o cenário competitivo do bodybuilding depois dessa competição, com a idade de 29 anos. Mentzer sustentou até o dia de sua morte, a opinião de que a aquela competição tinha sido fraudada, entretanto, eventualmente ele reconsiderou as condições de sua relação inter-pessoal para com Arnold.
Anos finais e morte
Após a derrota no Mr. Olympia 1980, Mentzer envolveu-se em numerosos problemas. Foi divulgado que no final dos anos 70, Mike iniciou o uso de anfetaminas, declarando que esse era um auxílio ergogênico necessário para facilitar seu estilo de vida agitado. Mentzer deixou seu cargo nas Publicações Weider logo após sua derrota no Mr. Olympia, e como resultado disso, sofreu complicações financeirar. Em 1985 ele começou um trabalho como editor da então recentemente lançada Workout Magazine, porém, esse empreendimento fracassou no mesmo ano em que seu pai morreu, e a partir daí, Mentzer passou repetidamente a sofrer de desarranjo mental.
De acordo com Peter McGough, editor-em-chefe da Revista FLEX, começaram a aparecer histórias de que Menzter passou a exibir algum tipo de comportamento muito irregular. Histórias dele correndo nu pelas ruas, orientando o tráfego, revelando profecias sobre o fim do mundo, sendo detido pela policia em numerosas ocasiões, e até mesmo esperando a aterrissagem de extraterrestres, tudo isso publicado vez ou outra em diversas revistas.
O famoso autor de livros sobre o Bodybuilding, Dan Duchaine, igualmente sugeriu que Menzter estava bebendo a própria urina na ocasião. Mike negou isto em uma entrevista, em 2001, na Ironman Magazine. Todavia, de acordo com McGough algumas destas histórias são verdadeiras. Menzter também esteve internado com freqüência em instituições psiquiátricas entre os anos de 1985 até 1990, quando ele finalmente abandonou o vício em anfetaminas. Livre das drogas, Mike voltou a treinar fisiculturistas e a escrever para a Ironman Magazine, e passou a maior parte dos anos 90 recuperando seu status na indústria do bodybuilding.
Mentzer morreu em 9 de junho de 2001. Ele foi encontrado morto (devido complicações cardíacas) em seu próprio apartamento, por seu irmão mais novo e companheiro no fisiculturismo Ray Mentzer. Mentzer foi um usuário pesado de metanfetaminas por aproximadamente uma década, e isto é atribuído como um fator que contribuiu em sua morte. Dois dias depois, Ray, seu irmão, também morreu, durante o sono, depois de complicações de longa data em sua luta contra a doença de Berger.
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