Alto índice glicêmico mede a absorção de um determinado carboidrato, ou seja, a
velocidade com que o carbo atinge a corrente sanguínea.
Tudo começou por volta do ano de 1.700 com o começo da industrialização e o refino dos
cereais.
Observando fotos mais antigas, podíamos observar que não existiam pessoas obesas.
O processo de refino dos cereais; que é a retirada da preciosa fibra dos carboidratos,
ocasionou um aumento drástico do índice glicêmico.
Fisiologicamente nosso pâncreas foi bombardeado pelo excesso de glicose sanguínea,
obrigando o mesmo a produzir quantidades muito maiores de insulina para abaixar os altos
índices de glicose no sangue.
A insulina é o hormônio mais anabólico do organismo, só que ela também é o hormônio
mais lipogênico (acumula gordura nos adipócitos) e como o carbo refinado mantém sempre altos
os níveis de insulina no sangue e as pessoas continuam acumulando gordura dia após dia. Altos
níveis de insulina também inibem totalmente a quebra de gordura para ser utilizada como fonte
de energia.
Basicamente você força o organismo a utilizar somente o carbo como fonte de energia,
e a gordura vai aumentando cada vez mais no adipócito (estoque de gordura); isto se torna um
circulo vicioso e as conseqüências são os problemas de saúde mais comuns do mundo moderno:
Diabetes;
Hipertensão;
Obesidade;
Resistência a Insulina;
*Lembrando que a gordura em excesso na linha de cintura, aumenta muito o risco de doença
cardíaca.
Outro problema que piora ainda mais o quadro é a baixa ingestão de minerais,
principalmente o cromo e o vanádio, que atuam de maneira muito intensa na ação da insulina.
Estes minerais atuam diretamente em diversas funções do corpo como alterar o metabolismo da
glicose, aminoácidos, e lipídeos (Clarkson 1997). Mais um efeito prejudicial do carbo de alto índice
glicêmico, é o aumento da excreção de cromo na urina. Em virtude disso podemos verificar com a
ingestão de carbos de alto i.g. uma;
DIMINUIÇÃO da síntese protéica
Aumento do estoque de gordura no adipócitos
Estresse Renal
Estresse Hepático
Aumento dos triglicérides
Entre outros efeitos de ordem metabólica.
Podemos verificar também algumas doenças relacionadas a deficiência de cromo no
corpo que são:
[Digite texto]
1. Diabetes devido a redução na produção de insulina.
2. Redução no metabolismo de glicose, aminoácidos e lipídios.
3. Hipercolesterolemia.
4. Inflamação e necrose da pele e vias aéreas superiores.
5. Insuficiência renal.
6. Câncer pulmonar.
7. Choque circulatório.
A primeira tabela do índice glicêmico dos alimentos surgiu em 1980 na tentativa de
proporcionar um melhor controle da glicemia em pacientes diabéticos e hoje em pleno 2011 a
grande maioria das pessoas e profissionais da área da saúde não conhecem os seus importantes
benefícios.
Não fomos fisiologicamente programados para ingerir carbo sem fibras e pagamos um
preço extremamente alto por este erro, a longo prazo, destruímos totalmente com nosso maior
patrimônio que é a nossa saúde. Portanto, fiquem atentos em suas dietas não com as calorias em
si, mas de onde provém as mesmas e tratando-se de carbos seus respectivos índices glicêmicos.
Esperamos mais uma vez ter contribuído de maneira competente com o conhecimento
de todos os leitores. Deixamos a disposição nosso contato para possíveis dúvidas e serviços de
Assessoria Individualizada.
Texto elaborado pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN – 6141 e pelo Professor
Especialista Rafael Bracca dos Santos CREF 074023-G/SP
Contato para Assessoria Individualizada
reinaldonutri@gmail.com
rafaelbracca@hotmail.com
Referências:
1. Bjorntorp P. Abdominal obesity and the metabolic syndrome. Ann
Med 1992;24:465–8.
2. Burkitt DP, Trowell HC. Dietary fibre and western diseases.
Ir Med J 1977;70:272–7.
3. Clarkson PM – Effects of exercise on chromium levels. Is supplementation required ?
Sports. Med 23(6):341-349,1997.
4. David JA Jenkins, Cyril WC Kendall, Livia SA Augustin, Silvia Franceschi, Maryam Hamidi,
Augustine MarchieAlexandra L Jenkins, and Mette Axelsen. Glycemic index: overview of
implications in health and disease. Am J Clin Nutr 2002;76(suppl):266S–73S.
1992;38:28–32.
5. Vague P, Raccah D. The syndrome of insulin resistance. Horm Res.
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Achei o texto muito fatalista. Carbos de alto IG no pós-treino AUMENTAM a síntese protéica, de maneira que agem juntamente com enzimas captoras de Glicose, em especial a GLUT-4. (AOKI, M.S.; BACURAU, R.F. Carboidratos de alto índice glicêmico x Saúde. MUSCLE IN FORM) ; (GLEESON, M.; MAUGHAN, R.; GREENHAFF,P.L. Bioquímica do Exercício e do Treinamento. São Paulo: Editora Manole, 2000) ;(GUYTON, A.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 9ª edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1997). Sem falar que essa ação anabólica dura de 2 a 6 horas, sem nenhum tipo de comprometimento à saúde.
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